MANAUS – Na última segunda-feira, 21 de outubro, o mundo perdeu uma das vozes mais compassivas e inspiradoras de nossa era: o Papa Francisco. Sua trajetória e ensinamentos nos convidam a refletir profundamente sobre o papel da compaixão em nossas vidas.
Ele ensinava que a compaixão nos ajuda a não julgar, a respeitar as diferenças e a reconhecer a dignidade de cada pessoa, independentemente de suas condições ou escolhas. Em suas palavras, a compaixão é uma expressão do amor de Deus por toda a humanidade e um caminho para construir uma sociedade mais justa, solidária e fraterna.
A compaixão, como ensinada por Francisco, é uma ponte que conecta pessoas, independentemente de suas origens, crenças ou opiniões. Em um mundo cada vez mais polarizado, onde extremos parecem dominar o discurso público e privado, a prática da empatia se torna uma ferramenta poderosa para promover a harmonia e a colaboração.
Aplicada ao contexto de liderança e gestão de equipes de alta performance, o sentimento de compaixão eleva o nível do jogo. Para líderes que conduzem times diversos, complexos e muitas vezes desafiadores, a mensagem do Papa Francisco reforça a importância de cultivar o não julgamento, o respeito às diferenças e a valorização do melhor de cada indivíduo.
Liderar com compaixão significa enxergar além das falhas ou divergências, reconhecendo a humanidade que existe em cada um, e estimulando o crescimento pessoal e profissional de forma respeitosan e acolhedora.
Ao adotarmos essa postura, podemos transformar ambientes de trabalho em espaços onde o respeito às diferenças é a base para inovação e excelência. O melhor de cada um surge quando criamos condições de segurança emocional, onde o julgamento é substituído pela compreensão, e o erro é visto como oportunidade de aprendizado. Assim, líderes que praticam a compaixão não apenas elevam o desempenho de suas equipes, mas também contribuem para uma cultura organizacional mais ética, solidária e resiliente.
Refletindo sobre o legado do Papa Francisco, é fundamental reconhecer que a compaixão não precisa ficar restrita às ações externas ou às grandes causas. Ela começa em casa, no convívio diário, nas pequenas atitudes de respeito e empatia. No trabalho, ela se manifesta na escuta atenta, na valorização do outro e na busca por soluções que beneficiem a todos. No mundo, a compaixão pode ser o diferencial que nos ajuda a superar divisões e construir uma sociedade mais justa e pacífica.
Que a memória de Francisco nos inspire a liderar com o coração aberto, promovendo uma cultura de compreensão e respeito. Assim, podemos não apenas alcançar resultados extraordinários, mas também contribuir para um mundo mais humano, onde a compaixão seja a força motriz de nossas ações.
Roseane Mota é jornalista, formada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e aluna do programa mentorado Bússola Executiva. É servidora pública do quadro efetivo do Estado e coordenadora de Comunicação na Unidade Gestora de Projetos Especiais - UGPE, do Governo do Amazonas.
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