Do ATUAL
MANAUS – A juíza Dinah Câmara Fernandes, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, negou pedido de revogação da prisão preventiva de Elias Eduardo Antunes de Souza. Ele é acusado de tentar matar Érika Freire, de 39 anos, colega de trabalho no Centro Universitário Fametro em Manaus, no dia 17 de setembro deste ano.
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Elias Souza pediu absolvição sumária (reconhecimento da inocência do réu sem a necessidade de remetê-lo ao júri) e revogação da prisão preventiva, alegando que não possuía a intenção de matar a vítima e se encontrava em surto psicótico.
Em relação ao pedido de absolvição sumária, a juíza afirma na decisão que a possibilidade para a requerida absolvição somente será possível avaliar após a conclusão do incidente de insanidade, que é o procedimento para verificação, através de perícia médica, da saúde mental do réu. “[…] logo resta indeferido o pedido na atual fase processual”, diz trecho da decisão.
Quanto ao pedido para revogar a prisão preventiva, Dinah Fernandes entendeu que existem motivos suficientes para manter a prisão, “tendo em vista a periculosidade concreta da conduta do acusado que, solto, pode voltar a agredir novamente a vítima ou qualquer outra pessoa”, pontuou.
Relembre o caso
Em depoimento à polícia, Erika, que é assistente de biblioteca, disse que estava no local de trabalho quando encontrou com Elias, que atua no recurso pedagógico. Segundo ela, eles começaram a conversar, como já ocorrera diversas vezes. Elias costumava falar sobre seus “problemas pessoais”.
Erika relatou que “em dado momento, sem que ocorresse qualquer discussão”, Elias veio pelas costas dela e falou “tenho uma surpresa pra ti”, e colocou uma faca de cabo branco no pescoço dela.
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A vítima disse que reagiu, mas foi atingida com um golpe de faca no pescoço e nas mãos e caiu no chão. Segundo ela, o homem ainda tentou sufocá-la, e ambos travaram uma luta corporal, até que ela conseguiu fugir do local. Inicialmente, ela se abrigou em um banheiro, depois conseguiu descer pelas escadas até chegar na biblioteca, onde recebeu ajuda de colegas.
A mulher foi atendida pelo Samu e depois encaminhada para o Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto para receber atendimento médico. A vítima disse que não sabe o motivo da agressão e que não teve qualquer tipo de relacionamento afetivo com o rapaz.