Por Felipe Campinas, do ATUAL
MANAUS – A juíza Eulinete Tribuzy, da Comarca de Manaus, decretou a prisão preventiva de um homem identificado como Lázaro e concedeu liberdade provisória a outros três identificados como Darlan, Rodrigo e Tarcizio. Eles foram presos em flagrante na madrugada de terça-feira (6) por suspeita de associação criminosa, adulteração de placa de veículo e receptação.
O quarteto foi preso após policiais militares da 30ª Cicom (Companhia Interativa Comunitária) receberem denúncia anônima de que um carro “supostamente roubado” estava transitando pelo bairro Grande Vitória, na zona leste de Manaus. Após buscas pela região, os agentes localizaram o veículo Chevrolet Onix no bairro Gilberto Mestrinho, na zona leste.
Durante a abordagem, os policiais encontraram, no interior do veículo, um revólver calibre 38 de uso permitido e munições calibre 38. Os agentes também verificaram que a placa do veículo havia sido trocada, sendo a original com identificação de iniciais PHY. Conforme os policiais, a placa com iniciais QQX havia sido furtada.
Na delegacia, um dos presos disse que o grupo pretendia realizar roubos e, por isso, trocou a placa do veículo. Ele disse, ainda, que trabalha como motorista de aplicativo e estava precisando de dinheiro e, por esse motivo, aceitou convite para participar da ação criminosa. Segundo ele, o grupo não chegou a realizar nenhum roubo, pois “não deu tempo”.
“[Ele] se encontrou com seu ex-cunhado Lázaro, o Rodrigo e o Darlan; Que neste momento foi convidado, por eles, para cometerem roubos; Que então aceitou; Que para seu veículo, o qual é alugado para trabalhar como motorista de aplicativo, não ser identificado, trocaram as placas”, diz trecho do depoimento registrado na delegacia.
“Que então saíram pelas ruas, em busca de alguma vítima em potencial; Que ao passarem por uma rua no bairro Grande Vitória, antes mesmo de conseguirem roubar alguém, foram abordados por policiais militares; Que após terem sido abordados, foram presos e trazidos para esta delegacia”, diz outro trecho do depoimento do suspeito preso.
Na terça-feira, em audiência de custódia, a juíza Eulinete Tribuzy decidiu converter em preventiva a prisão em flagrante de um dos presos identificado como Lázaro. Em relação aos demais, a magistrada concedeu a liberdade provisória, com uso de tornozeleira e restrições, entre elas a de sair de Manaus e frequentar bares.
A defesa de Lázaro pediu a soltura dele sob alegação de que ele faz tratamento psiquiátrico desde os 15 anos de idade. “O flagranteado faz tratamento psiquiátrico desde os seus 15 (quinze) anos de idade, pois é portador de transtorno mental crônico, não sendo assim capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta”, alegou o advogado dele.
Ao analisar a prisão em flagrante, a juíza entendeu que Lázaro deveria permanecer preso. “Entendo que, pela natureza da infração e diante da circunstância flagrancial, o indiciado solto atenta contra a ordem pública e põe em risco a segura aplicação da lei penal, exigindo-se o caso a manutenção da segregação cautelar dele(a)”, diz trecho da decisão.