Da Redação
MANAUS – O juiz Henrique Veiga Lima negou o segundo pedido de conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar de Lucas Lima. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Amazonas pelo assassinato do jovem indígena Melquisedeque Santos do Vale, o ‘Mélqui’, que tinha 20 anos. O crime ocorreu no dia 16 de dezembro de 2021 em um ônibus da linha 444, em Manaus.
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Na decisão, proferida na última sexta-feira (2), o juiz afirma que a defesa não apresentou nenhum fato que questione a materialidade e autoria do crime por parte de Lucas e que o crime foi praticado com violência e grave ameaça, resultando na morte de uma pessoa.
“Embora não tenha sido o requerente quem disparou contra a vítima fatal, está claro que ele consorciou-se com pessoas armadas e assumiu o risco do resultado mais gravoso, demonstrando destemor e periculosidade, estando evidenciado que a prisão se recomenda no caso para garantia da ordem pública, como já anotado em decisões anteriores”, diz trecho da decisão.
O juiz acrescenta que, como destacado pelo Ministério Público, Lucas é reincidente na prática
de crimes, comprovado por antecedentes do réu.
Janderson Cabral Cidade e Davi Souza da Silva foram denunciados junto com Lucas Lima. Segundo a promotora de Justiça Leda Mara Albuquerque, enquanto Lucas e Davi recolhiam os pertences dos passageiros, Janderson atirou na cabeça de Melquisedeque, que morreu na hora.
Lucas usou como argumento filho para tentar sair da prisão, alegação rebatida pelo juiz. “Sendo assim, faz-se importante lembrar que não está comprovado nos autos que ele é o único esteio da criança e que a mera existência da prole não gera automaticamente o direito ao referido benefício”, afirmou Henrique Lima.
No primeiro pedido de prisão domiciliar, a defesa de Lucas usou a alegação de que um dos filhos dele sofreu acidente doméstico e estava internado. Mas a juíza Andréa de Medeiros, da 9ª Vara Criminal de Manaus, negou o pedido por entender que o rapaz não comprovou que “é o único esteio da criança”.