MANAUS – Há algumas semanas, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, Josué Neto (PRTB), vem enfrentando uma situação que não é costumeira no parlamento estadual, de conflito com deputados governistas. Depois de três sessões encerradas por falta de entendimento e bate-boca, Josué mudou o aplicativo das sessões plenárias virtuais e passou a cortar os microfones dos parlamntares.
A partir desta medida, passou a cercear a palavra aos parlamentares que ousam lhe enfrentar. As deputadas Alessandra Campelo (MDB), vice-presidente da Assembleia, e Joana Darc (PL), líder do governo na Casa, são as que mais tem batido de frente com Josué, que reage cortando seus microfones e fazendo ouvidos moucos às solicitações das parlamentares.
Nesta quinta-feira, 21, Josué Neto mostrou que perdeu as condições de dirigir os trabalhos. Cortou a fala da deputada Alessandra Campêlo e lhe negou um comunicado de liderança e uma questão de ordem. Também não concedeu a palavra a Joana Darc, que estava inscrita no Pequeno Expediente, em que os deputados têm cinco minutos para falar.
Alessandra Campêlo chegou a chamá-lo de “ditador” e “mau caráter”.
A deputada Therezinha Ruiz (PSDB) cedeu 5 minutos do seu tempo para Alessandra, mas o presidente se negou a dar a palavra à parlamentar do MDB.
Josué se limitou a dizer que estava seguindo o regimento interno da Assembleia, e a pedir “calma, calma, calma”.