Da Redação
MANAUS – A economia do Amazonas se recuperou das três quedas seguidas ocorridas em fevereiro (-2,2%), março (-9,9%) e, principalmente, abril (-49,3%), e superou as perdas das paralisações devido à pandemia de Covid-19. Na comparação com agosto de 2020, a indústria amazonense registrou em setembro uma variação de 5,8%, o quinta desempenho positivo seguido. A média nacional foi de 2,6%, em setembro, segundo o IBGE.
Quando se compara com mesmo mês do ano anterior, o desempenho da indústria amazonense melhorou 14,2%. No acumulado do ano, período de janeiro a setembro de 2020, a variação segue negativa, -10,6%, depois de apresentar -13,8% no mês anterior. Em nível nacional, o desempenho da indústria no mesmo período está em -7,2%.
Já o desempenho dos últimos doze meses, em setembro, foi de -5,7%; enquanto o desempenho nacional foi de -5,5%.
Outros oito estados recuperaram em setembro o patamar de produção pré-pandemia: Ceará, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Pará, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Os resultados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Regional) divulgada pelo IBGE nesta terça-feira, 10.
O desempenho posicionou o Amazonas na segunda posição entre as outras unidades da federação. Os piores desempenhos foram os Estados do Mato Grosso, com -3,7%, Rio de Janeiro, com -3,1%, e Pará, com -2,8%. E os melhores, os do Paraná, com 7,7%, Amazonas, com 5,8%, e São Paulo, com 5,0%.
O desempenho negativo da indústria amazonense (-10,6%), no acumulado do ano (janeiro a setembro de 2020), em relação ao mesmo período do ano anterior, colocou o estado na antepenúltima posição entre as outras unidades da federação. Os piores desempenhos foram os do Espírito Santo, com -18,0%, Ceará, com -11,9%, e Amazonas, com -10,6%. E os melhores, os de Goiás, com 2,5%, Rio de Janeiro, com 2,2%, e Pernambuco, com 1,8%.
Algumas atividades da indústria local tiveram ótimos resultados em setembro, como a fabricação de equipamentos de informática e eletrônicos (celular, computador e máquinas digitais), que cresceu 30,4%, e a fabricação de bebidas, que cresceu 21,3%, e contribuíram para o desempenho positivo da indústria amazonense.
Várias outras produções também tiveram crescimento industrial em setembro, no Amazonas, como a fabricação de máquinas e equipamentos e materiais elétricos (15,9%) (conversores, alarmes, condutores e baterias); fabricação de produtos de metal (14,4%) (lâminas, aparelhos de barbear, estruturas de ferro); a fabricação de máquinas e equipamento (13,2%) (artefato de aço e tampas e cápsulas), outros equipamentos de transportes (11,3%) (motocicletas e suas peças), e a fabricação de produtos de borracha (1,6%).
Em setembro, as atividades que tiveram desempenho negativo foram as da indústria extrativa (óleo bruto de petróleo), com queda de 16,8%; impressão e reprodução de gravações (DVDs e discos), com queda de 53,7%; e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (gás natural), com queda de 3,5%.