Da Redação
MANAUS – A 3ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus condenou Andrey dos Santos Queiroz a 20 anos e quatro meses de prisão pela morte do próprio pai, Francisco André de Queiroz, e de tentativa de homicídio contra a mãe, Joelma Castro dos Santos. O crime ocorreu em maio de 2020 na casa da família, no bairro de Petrópolis, zona sul da capital. O julgamento foi realizado nessa terça-feira (15) no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis.
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Amazonas com base no inquérito policial, consta que na madrugada do dia 21 de maio de 2020, Andrey, que tinha 22 anos à época, acordou com o barulho de uma discussão entre os pais. O inquérito narra que ele foi até o quarto do casal com uma faca e bateu na porta. Quando Joelma abriu a porta, o filho avançou sobre ela. Francisco interveio, foi atingido com estocadas e morreu no local. Embora ferida, Joelma foi socorrida e sobreviveu, consta na denúncia. Andrey foi preso em flagrante.
Embora tenha optado por se manter em silêncio na audiência realizada antes do julgamento [a qual determinou que ele fosse submetido a júri popular], ao ser interrogado nessa terça-feira (15) o réu afirmou que esfaqueou o pai porque este pegou uma barra de ferro e que a mãe se meteu e acabou sendo atingida, mas que não tinha intenção de atingi-la. Durante o julgamento, o MP requereu a exclusão do termo “motivo fútil”.
Com base no artigo 121, parágrafo 1° do Código Penal Brasileiro, a defesa pediu, em relação ao homicídio, o reconhecimento do “privilégio, visando à redução da pena sob o fundamento do ‘relevante valor moral’. Em relação à Joelma, a defesa pediu a absolvição do réu. Andrey foi condenado pela morte do pai e também pela tentativa de homicídio da mãe.
Andrey já cumpriu provisoriamente um ano e oito meses de reclusão, tempo que será abatido na pena total de 20 anos e quatro meses. Ainda cabe apelação da sentença.