MANAUS – A prevenção ao suicídio foi tema da campanha ‘Ato em Defesa da Vida’, na manhã deste domingo (30), na Feira de Artesanato da Avenida Eduardo Ribeiro, Centro de Manaus, com palestras, apresentações teatrais, músicas e exercícios físicos. O ato foi promovido pelo grupo de voluntários espíritas e terminou com uma caminhada pelas ruas do entorno do Largo do São Sebastião com a participação de crianças, adolescentes, adultos e idosos.
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Psiquiatria, a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo. A questão é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como um problema de saúde pública. A OMS alerta para o crescimento dos registros em países de média e baixa renda. No Brasil, em 2012, foram registrados 11.821 casos, colocando o país em 8º lugar entre as nações em número absoluto de suicídios.
Tabu
Apesar das estatísticas, o suicídio foi por muito tempo tratado como um tabu. O silêncio, no entanto, foi recentemente quebrado em função do registro, em diferentes estados brasileiros, de casos de suicídios entre jovens que teriam participado do jogo Baleia Azul, no qual os participantes são submetidos a uma série de desafios que culminam com a proposta de que tirem a própria vida.
A tentativa de suicídios e a morte prematura de jovens que aderiram ao jogo vêm chamando a atenção não só de pais, mas de toda a sociedade para a prevenção do suicídio.
Ajuda profissional e informação são aliados importantes na prevenção. De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), cerca de 90% dos casos de suicídio poderiam ser evitados se as pessoas que pensam nessa prática ou as que vivem ao redor delas tivessem esclarecimentos sobre o assunto.
“A primeira coisa que precisa ser rompida é o preconceito com a doença mental ou o transtorno psíquico. Muitas pessoas deixam de procurar ajuda por medo de serem chamadas de loucas ou de terem sua dor desprezada”, explica o médico psiquiatra Luiz Henrique Novaes.
“A primeira coisa que precisa ser rompida é o preconceito com a doença mental ou o transtorno psíquico. Muitas pessoas deixam de procurar ajuda por medo de serem chamadas de loucas ou de terem sua dor desprezada”, explica o médico psiquiatra Luiz Henrique Novaes.
Caminhada Pela Vida
Além da prevenção ao suicídio, o ‘Ato em Defesa da Vida’ também abordou outros temas considerados pelo grupo como importantes para quem defende a vida, como: aborto, drogas, eutanásia e pena de morte. Stands temáticos foram montados para atender o público que visitou o local, com a entrega de material informativo.
Cerca de 200 voluntários participaram do evento, que também teve apresentações artísticas e ‘Caminhada Pela Vida e Pela Paz’, encerrando as atividades.
Um dos coordenadores do ‘Ato em Defesa da Vida’, o médico César Borges, destacou a importância de debater os cinco temas que integraram a programação do evento pelo impacto que ocasionam na sociedade.
“Consideramos importante sair das nossas zonas de conforto para nos posicionarmos em favor da vida em todas as suas esferas. Sem desrespeito e sem agressões, queremos defender a bandeira da vida e a importância de adoções, para a busca de um mundo com pessoas melhores, de condutas ensinadas no evangelho de Jesus. O mundo passa por uma período de acesso a muita informação e tecnologias, mas sofre de crises morais que só serão sanadas a partir do amor ao próximo, do respeito à vida”, afirmou.
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