Da Redação
MANAUS – Professores associados à Asprom (Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus) promoveram manifestação em frente à sede do Governo do Amazonas, na Avenida Brasil, zona oeste de Manaus, na manhã desta quinta-feira, 1º, para cobrar reunião com o governador Wilson Lima. A categoria é contra o retorno de aulas presenciais do ensino fundamental e o protesto foi para anunciar o início da greve nas escolas públicas da rede estadual.
Em um primeiro momento, os professores fecharam o trecho da avenida por alguns minutos usando faixas, cruzes e sacos simulando corpos vítimas da Covid-19. Motociclistas conseguiram furar o bloqueio. Também deitaram na avenida como forma de homenagear as vítimas da doença no estado.
Lambert Melo, coordenador de comunicação da Asprom, afirmou que a solicitação para reunião com Lima foi enviada previamente. “Na segunda-feira, 29, protocolamos aqui na sede do Governo documento solicitando audiência pública com o governador, informado a ele que estaríamos aqui hoje e que nós queríamos ser recebidos pelo governador hoje”, disse.
O ato teve poucos professores, que segundo Elma Sampaio, presidente do sindicato, foi para evitar aglomerações. “Neste ato nós optamos por não fazer aglomerações. Nós, professores, temos responsabilidades que não podemos trazer multidões para as ruas”, disse.
A greve dos educadores do ensino fundamental se soma a dos que lecionam para o ensino médio, que teve as aulas presenciais retomadas no último dia 10 de agosto, disse Sampaio. “A nossa greve se justifica pela defesa da vida. Nós professores somos veementemente contrários a decisão do governador Wilson Lima que decretou o retorno das aulas do Ensino Médio e decretou também o retorno das aulas presenciais do Ensino Fundamental”.
Sampaio criticou o governo por decidir manter as escolas abertas apesar de ter fechado estabelecimentos destinados ao entretenimento. “Como pode o governador Wilson Lima fechar bares, casas de festa, balneários e abrir escolas que hoje infelizmente são foco de Covid-19?”
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Na segunda-feira, 29, Lima chegou a usar as escolas como exemplo para não adotar o lockdown em Manaus.
Até a publicação desta matéria os manifestantes ainda não tinham sido recebidos. Consultada, a Seduc (Secretaria de Educação do Amazonas) não informou se haverá uma audiência com o sindicato.