Da Redação
MANAUS – O governador em exercício do Amazonas, Carlos Almeida Filho, disse que o governo está aberto ao diálogo com os professores, mas não negociará mais reajuste salarial. O governo oferece 4,73% e os professores querem 15%. A greve da categoria completa 37 dias. m entrevista ao ATUAL na manhã desta terça-feira, 21, Almeida Filho pediu o retorno das aulas.
“Até o presente momento já foram realizadas mais de 20 reuniões com representantes dos professores, desde o início do ano. Hoje, o que nos impede de atingir a correção pedida é a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). O nosso apelo é que as aulas voltem à normalização, até porque o governo não está fechando as portas de negociação. A mensagem para poder discutir a data-base já foi enviada”, disse.
Segundo Carlos Almeida, é de conhecimento da população que os servidores públicos não vêm encontrando a devida valorização, mas que esse cenário não é de hoje. “Em uma situação que se encontra em desgaste há pelo menos duas décadas não é possível resolver em quatro meses”, disse.
Votação na ALE
A ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas) deve votar nesta quinta-feira, 23, o Projeto nº 293/2019, que inclui aumento do vale-refeição, vale-moradia e os 4,73%, anunciou o presidente da Casa, deputado Josué Neto, no início da Sessão Plenária desta terça.
A matéria tramita na ALE desde o final da semana passada e tem sido discutida com os representantes da categoria, do governo e deputados. De acordo com Josué, faltam poucos ajustes para se chegar a um consenso. “Estamos muito perto de um consenso onde o Governo do Estado e a própria Assembleia dão algumas garantias aos professores pra gente poder dizer que a greve acabou. Hoje e amanhã estaremos confeccionando documentos dando essas garantias apresentando emendas coletivas para garantir essas conquistas”, disse o deputado.
Os profissionais da educação reivindicam reajuste dos auxílio-localidade, alimentação e a concessão do vale-transporte para professores com carga horária de 40 horas, além de rever o contrato firmado entre a Seduc (Secretaria de Educação) e o plano de saúde Hapvida.
Comissão
Em comum acordo com os representantes do Sinteam e Asprom-Sindical, foi criada nova comissão entre representantes dos professores, da Seduc, Sefaz e técnicos da Assembleia para a realização de estudos constantes de propostas para melhorias do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos profissionais da educação do Estado.
(Colaborou Patrick Motta)