MANAUS – Nos primeiros 20 dias de 2016, o Governo do Estado empenhou R$ 2,5 bilhões para a manutenção da sua estrutura, mas pagou apenas R$ 8,7 milhões, o equivalente a 0,3%. Os dados deste ano do Portal da Transparência, site que agrega informações sobre receita e despesas dos três poderes, foram disponibilizados nesta quarta-feira, 20.
O empenho nada mais é que a reserva de parte do orçamento para compras programadas, contratação de serviço e manutenção em geral da máquina administrativa. É através dele, por exemplo, que fornecedores de certos produtos ficam autorizados a entregá-los ao estado. A ação garante que, futuramente, o que foi fornecido entre no ranking de liquidação e, posteriormente, seja pago.
Do total empenhado, o Estado liquidou, até esta quarta-feira, 20, R$ 119,8 milhões, o equivalente a 4% do empenhado. O Transparência também traz outras ‘curiosidades’, entre elas, a informação de que o executivo foi o poder que apresentou o maior aumento na dotação inicial de 2016 na comparação com 2015.
Foram 4%, passando de R$ 14,1 bilhões para R$ 14,7 bilhões (R$ 573,2 milhões a mais). A cifra não significa necessariamente que o Governo Estadual gastará ‘apenas’ isso neste ano, já que muitos órgãos da sua estrutura apresentam dotações iniciais economicamente insignificantes, como é o caso da FUAM (Fundação Alfredo da Matta), que abriu o ano com uma dotação de R$ 15 mil mas, até agora, tem R$ 20,3 milhões em orçamento autorizado para sua manutenção.
Além dela, várias outras unidades de saúde, a exemplo do Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro e dos Hospitais e ProntoS-Socorros João Lúcio, da Zona Leste e da Zona Oeste, aparecem sem dotação inicial e não empenharam nada em 2016. O mesmo ocorre com a Cosama (Companhia de Saneamento do Amazonas).
No último ano, marcado por uma das maiores crises econômicas já enfrentadas pelo Estado, que amargou perdas de pelo menos 10% na receita, o Executivo empenhou R$ 14,5 bilhões dos quais apenas R$ 12,6 foram efetivamente pagos, R$ 1,8 bilhão ficou pendente.