MANAUS – O ex-comandante militar da Amazônia e atual ministro chefe do Gabinete Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, disse, nesta quinta-feira, 29, durante a “live” semanal com o presidente Jair Bolsonaro, que é necessária uma revisão de todas as terras indígenas já demarcadas no país.
Heleno pegou carona na fala de Bolsonaro, que criticava o volume de terras indígenas já demarcadas – 14% do território brasileiro, segundo o presidente –, e afirmou que “há provas de dentro da própria Funai, denúncias de demarcações fraudulentas”. Segundo ele, “São demarcações que foram forjadas, muito aumentada na sua extensão, por gente interessada em lucrar com isso”.
Ele aponta como uma terra indígena demarcada a partir de laudo fraudulento a Raposa Serra do Sol, em Roraima, e afirma: “Todas essas demarcações têm que ser objeto de revisão para verificar o que realmente corresponde à verdade”.
O presidente Jair Bolsonaro aproveitou e criticou a Terra Indígena Yanomami, no Amazonas, que, segundo ele, é “uma área duas vezes o tamanho do Estado do Rio de Janeiro” para abrigar segundo ele, 10 mil índios. “Ninguém sabe quantos índios tem lá. Chutam. É 8 mil, 9 mil. Vamos supor que seja 10 mil. Imagine uma área duas vezes o Estado do Rio de Janeiro pra 10 mil índios. Agora, a riqueza que tá lá embaixo, só se pegar o mapa mesmo, você vai vê, é uma coisa absurda”.