Da Redação
MANAUS – O governador Wilson Lima (PSC) afirmou na manhã desta quarta-feira, 17, que o gasto com servidores que ocupam cargos comissionados é “praticamente irrelevante” diante da crise financeira que o Estado enfrenta por conta do aumento da folha de pagamento em 2019. Segundo ele, se o governo demitisse 20% desses funcionários, a redução seria de 0,005%.
“Sabe quanto representa 20% dos cargos comissionados do Estado do Amazonas se eu cortar hoje? Representa 0.005%. Ou seja, é praticamente irrelevante diante do problema que eu tenho. O que nós estamos fazendo é tomando outras medidas administrativas para que haja um corte maior”, disse o governador.
Wilson Lima disse que não houve criação de novos cargos comissionados em 2019 e, sem contratar ninguém, a folha de pagamento do Estado cresceu R$ 600 milhões por conta de reajustes salariais concedidos pelo ex-governador Amazonino Mendes (PDT). “Foi resultado de acordos que foram feitos ano passado, quando o Estado não tinha capacidade de fazer esse comprometimento”, afirmou.
As medidas de austeridade serão a solução para reduzir os gastos do Estado, segundo Lima. O governador disse que o decreto que determinou a suspensão de novos contratos, aditivos e horas extras, gerou economia de R$ 50 milhões no primeiro mês.
“Eu tinha um gasto muito grande com combustíveis. Tem alguns serviços que nós estamos cortando. Por exemplo, secretário meu vai da casa dele para a secretaria com o carro dele”, afirmou.
O governador do Amazonas também disse que mandou realizar análise de conformidade da folha de pagamento e recadastramento de todos os servidores públicos estaduais. “Estamos tomando algumas medidas de corte dentro do governo, de alguns serviços que a gente pode diminuir e mais lá na frente voltar a tê-los, quando a gente encontrar esse equilíbrio fiscal”, afirmou.
Wilson Lima descartou a possibilidade de aumentar impostos para aumentar a receita.
Sobre a lei que estabeleceu o teto de gastos e suspende temporariamente reajustes salariais e datas-bases, o governador disse que foi uma medida necessária para o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas afirmou esperar que antes de 2021 seja possível rever essa decisão, com o equilíbrio das contas públicas.
“Nós estamos tomando algumas medidas que são fundamentais para o equilíbrio da folha. A nossa previsão era de que do jeito que estava caminhando, nós chegaríamos no final do ano com com o comprometimento de 56% das receitas com a folha, quando o meu máximo é de 49%. (…) Eu espero que antes de 2021 a gente possa encontrar esse equilíbrio”.
Esse nosso governador está sendo mal assessorado. Pois o Estado está inchado de comissionados. Onde eu trabalho, 80% do pessoal é comissionado. Avaliem nas outras Secretarias como devem estar. O TCE deveria de fazer é um levantamento total de todos os funcionários publicos no Estado que mostraria a mentira dos Assessores do Governador.
Senhor Governador, solicite de sua assessoria a listagem dos funcionários públicos estáveis e comissionados que senhor terá uma grande surpresa.
André