A Fundação Nokia, que neste mês anunciou a suspensão do processo seletivo para ingresso de novos alunos em 2016, fica em situação ainda mais complicada com a anunciada saída da Microsoft do Polo Industrial de Manaus. A fundação era mantida pela empresa Nokia, que foi vendida à Microsoft, que agora transferiu suas atividades no Polo Industrial de Manaus à Flextronics. A coluna apurou que em reuniões realizadas na semana passada com o governo do Estado, o governador José Melo apresentou uma proposta à direção da instituição para que o governo assuma os custos de manutenção e administração da entidade, mas ela seria transformada em uma nova fundação, nos moldes do Cetram (Centro de Educação Tecnológica do Amazonas), com cursos técnicos. O formato atual da fundação, com cursos de nível médio-técnico, seria extinto, para dar lugar a um novo formato, com cursos de níveis básico, técnico e tecnológico. Com isso, o governo aumentaria a oferta de vagas. Atualmente a Fundação Nokia tem cerca de 500 alunos, em tempo integral e nos turnos matutino e vespertino (ensino médio particular), e passaria a ter cerca de 3 mil alunos em três turnos. A proposta foi lançada, mas a direção da fundação ainda não bateu o martelo. Para concretizar a proposta, seria criada uma fundação de caráter público-privado, mas os termos do acordo ainda será discutido nos próximos dias entre o governo e a direção da Fundação Nokia.