MANAUS – Pelo menos em cinco unidades de saúde da capital administradas pelo Governo do Estado, os funcionários de empresas e cooperativas de saúde contratados para prestar serviços em atividades fins (médicos, enfermeiros e técnicos) paralisaram parcialmente as atividades nesta terça-feira, 22, para protestar pela falta de pagamento dos salários. Para esta quarta-feira, 23, estão previstas novas paralisações nos dois principais pronto-socorros da cidade: o 28 de Agosto (zona centro-sul) e o João Lúcio (zona leste). Um banner (imagem acima) está sendo divulgado na internet sobre a paralisação de médicos no 28 de Agosto.
Pela manhã, funcionários da empresa Total Saúde fizeram manifestação em frente à Maternidade Balbina Mestrinho, na zona sul de Manaus. Eles estão sem receber os salários de dezembro e a segunda parcela do 13° salário. De acordo com funcionários ouvidos pelo AMAZONAS ATUAL, o pagamento do salário é feito até o 5° dia útil do mês, mas até hoje não foi efetuado. A parcela do 13°, por lei, deve ser pago até o dia 20 de dezembro. “Eles prometeram que o pagamento e 13° seriam pagos ontem, dia 21, mas não pagaram”, disse uma funcionária que pediu para não se identificada. “A empresa diz que não recebeu do governo e por isso não tem como nos pagar”, completou.
No Instituto da Mulher Dona Lindu, na zona centro-sul, uma das empresas que prestam serviços de enfermagem também ensaiaram uma paralisação, mas que não chegou a se concretizar. De acordo com a diretora da unidade, Gaziela Leite, os funcionários chegaram a se reunir, mas foram informados de que o pagamento já estava na conta. “Graças a Deus, não houve paralisação”, afirmou a diretora.
Houve manifestação de funcionários também na Maternidade Ana Braga, na zona leste, e no Icam (Instituto de Saúde da Criança do Amazonas).
À tarde, na FCcom (Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas), também houve paralisação de funcionários da empresa MedMagem (Gilberto de Almeida Aguiar), que presta serviços de enfermagem. Eles também realizaram manifestação em frente ao hospital Cecon para pedir o pagamento de salários.
Susam
A Susam (Secretaria de Estado de Saúde) informou que as paralisações e manifestações dos funcionários não prejudicou o atendimento nas unidades de saúde. Segundo nova enviada à Redação, os serviços de empresas terceirizadas foram suspensos em apenas três unidades: Fundação Cecon (enfermagem), João Lúcio (maqueiros, agentes de portaria e serviços gerais) e Instituto da Mulher (maqueiros).
A Susam também informa que o governo do Estado já autorizou a quitação dos pagamentos pendentes às empresas terceirizadas, e que os valores começaram a ser repassados pela Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) na segunda-feira, 21, para o Fundo Estadual de Saúde. “A Susam estima que todas as pendência sejam sanadas ainda nesta semana”, diz a nota, reproduzida à seguir.
Nota da Susam
A Secretaria Estadual de Saúde (Susam) informa que não houve prejuízo no atendimento nas unidades de saúde onde ocorreram manifestações, nesta terça-feira. As manifestações foram na Fundação Cecon (pessoal de enfermagem), Hospital João Lúcio (maqueiros, agentes de portaria e serviços gerais) e Instituto da Mulher (maqueiros), realizadas por profissionais de empresas terceirizadas, motivados por atraso de pagamento de salário. Não houve paralisação dos serviços. Foram manifestações pontuais. A Susam ressalta o Governo do Estado já autorizou a quitação dos pagamentos pendentes às empresas terceirizadas, valores que começaram a ser repassados nesta última segunda-feira, dia 21, pela Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) ao Fundo Estadual de Saúde. O Fundo está transferindo para a Susam, com previsão para conclusão do processo até amanhã, quarta-feira. A Susam estima que todas as pendências sejam sanadas ainda nesta semana.