Da Redação
MANAUS – A FAB (Força Aérea Brasileira) estuda usar satélites do Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia) para o monitoramento territorial e ambiental da Amazônia. Em reunião na última quarta-feira, 21, com representantes da FAB, o diretor do Censipam, José Hugo Volkmer, afirmou que o órgão pretende realizar o mapeamento completo da região amazônica utilizando tecnologias de radar de abertura sintética (SAR).
O diretor-geral, major-brigadeiro José Hugo Volkmer, mostrou o trabalho do Censipam no monitoramento do desmatamento, garimpo e narcotráfico na Amazônia. Volkmer destacou que o Censipam, ligado ao Ministério da Defesa, pretende realizar o mapeamento completo da região utilizando tecnologia de radar de abertura sintética (SAR). “A partir deste mapeamento inicial, teremos uma base para fazer comparações e verificar com precisão as mudanças na floresta”, disse o diretor-geral.
O Censipam adquiriu duas antenas de recepção multissatelital para aperfeiçoar o monitoramento da floresta. A primeira antena, instalada em Formosa (GO), deve entrar em operação até o final deste ano. A segunda será instalada em Manaus (AM) e entra em operação no início de 2020.
A partir deste ano, o Censipam passa a utilizar imagens SAR captadas pela constelação de microssatélites da empresa finlandesa ICEYE. As imagens foram contratadas pela Força Aérea Brasileira e serão recebidas diretamente nas antenas do Censipam. A empresa já lançou três satélites e tem previsão de operar mais quatro no próximo ano.
“Estamos capacitando nossos militares a operar essas novas tecnologias que estão sendo disponibilizadas a cada dia. Mas nosso objetivo é que o Brasil possa ter em breve a sua própria constelação de satélites óticos, radares e de comunicação”, afirmou o Tenente-Brigadeiro Araújo.
“Temos o compromisso de realizar o monitoramento ambiental e territorial da Amazônia. E sabemos que, por não sofrer interferência das nuvens, a tecnologia SAR é a mais indicada para essa missão. A FAB está sendo uma grande parceira nesse trabalho”, concluiu o diretor-geral do Censipam.