BRASÍLIA – Com a proximidade do fim do ano, analistas fazem ajustes mais finos para as estimativas de inflação no Relatório de Mercado Focus, que foi atualizado nesta segunda-feira pelo Banco Central. Para o IPCA de 2014, a mediana das projeções caiu de 6 43% para 6,38%. Há um mês, a taxa estava em 6,39%. Para 2015, a mediana das previsões foi alterada de 6,49% para 6,50% ante 6 40% de quatro semanas atrás. No caso das expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente, o ajuste foi de 6,57% para 6,63% – há um mês, estava em 6,42%.
No Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as projeções, a previsão para o IPCA deste ano caiu de 6 51% para 6,28%. Um mês antes, estava em 6,34%. Para 2015, esse mesmo grupo também reduziu a mediana das estimativas, de 6,40% para 6,20%. Quatro semanas atrás, a mediana das previsões para o IPCA do ano que vem estava em 6,74%.
Para o curto prazo, a taxa para dezembro foi calibrada de 0,74% para 0,75%. Já a de janeiro foi alterada de 0,85% para 0,90%. Um mês antes, essas taxas estavam, respectivamente, em 0,68% e 0 83%.
Crescimento da economia
Depois da divulgação pelo IBGE de que o País cresceu 0,1% no terceiro trimestre do ano na margem, as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 começaram a desacelerar e passaram de 0,20% para 0,19% na semana anterior e, agora, recuaram para 0 18%, de acordo com o Relatório de Mercado Focus.
O documento divulgado pelo Banco Central revela que há um mês a expectativa mediana para o crescimento do País estava em 0,20%. Para 2015 há uma perspectiva dos analistas de que haverá retomada da atividade no ano, mas com menor força, já que a taxa passou de 0,77% da semana anterior para 0,73% agora. Quatro semanas antes, porém, a projeção para 2015 estava em 0,80%.
A produção industrial segue como o principal setor responsável pelas previsões para o PIB deste e do ano que vem. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de queda de 2,50% este ano – levemente pior do que a da semana passada (-2,26%). Há quatro semanas, essa projeção era uma queda de 2,21%. Para 2015, o crescimento desse segmento deve ser de 1,23%, ante 1,13% do levantamento anterior e 1,46% de um mês atrás.
Os economistas também ajustaram suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2015, que passou de 36,20% para 36,35% – um mês antes a perspectiva para esse indicador estava em 35,90%. Para 2014, a mediana ficou estável em 36% e quatro semanas atrás em 35,20%.
(Estadão Conteúdo/ATUAL)