O professor Fernando Haddad estará visitando Manaus nesta quinta-feira. Ele virá agradecer os votos recebidos da população do Amazonas para presidente da República nas eleições de 2018 e apoiar a luta dos trabalhadores por emprego e a luta dos professores e estudantes do estado por valorização profissional e educação de qualidade.
Haddad teve 49,73% dos votos válidos no 2º turno no Amazonas. De 62 municípios do estado, Haddad foi o mais votado em 59. Teve 875.845 votos, perdendo por apenas 9.500 votos.
Ele fez questão de primeiro visitar o Distrito Industrial, reconhecendo a importância do Polo industrial e comercial de Manaus, que gera empregos e oportunidades. Também vai dialogar com empresários e trabalhadores, visando a geração de emprego. Haddad na campanha política manifestou o apoio à Zona Franca de Manaus, reconhecendo que, sem ela, o estado do Amazonas seria um caos econômico.
Haddad lembrou que Lula tinha prorrogado os incentivos fiscais da ZFM por 10 anos e Dilma por mais 50 anos. Disse que iria usar recursos das reservas internacionais para investir em ciência e tecnologia no Amazonas, fortalecendo e ampliando o Polo Industrial de Manaus e as pesquisas para desenvolver novos segmentos produtivos.
O Distrito Industrial chegou a alcançar 123 mil empregos diretos e cerca de 500 mil indiretos. No Brasil, em dezembro de 2014, o desemprego foi o menor da história do país. Mas com o golpe de 2016 e a desestruturação da economia, o Distrito Industrial perdeu quase 40 mil empregos, sendo que hoje está em torno de 85 mil diretos. Muitas famílias empobreceram desde então. O governo Bolsonaro está querendo tirar direitos à aposentadoria dos mais pobres, privatizando, e gerando 14 milhões de desempregados.
Haddad tem preocupação com o meio ambiente e a situação dos povos amazônicos. Ao longo do Rio Negro, visitando o Encontro das Águas, a orla de Manaus e comunidades ribeirinhas, Haddad estará ouvindo pesquisadores, professores, agricultores, indígenas e a necessidade de proteger as riquezas naturais ameaçadas pelo atual Governo Federal, que pretende apoiar atividades produtivas que geram grandes impactos ambientais para os povos indígenas. Estão querendo acabar com a Funai, com a saúde indígena e enfraquecer órgãos ambientais, o controle social e a participação da sociedade.
Um diálogo importante do Haddad será com os movimentos sociais e a comunidade estudantil e universitária. O governo Bolsonaro está reduzindo de forma drástica e criminosamente os recursos para saneamento, para moradia, para ciência e tecnologia, para infraestrutura. E agora para a educação. No dia 15 deste mês, os estudantes e professores foram às ruas denunciar o corte de 30% dos recursos para a manutenção das Universidades e Institutos Federais.
Como Ministro da Educação do presidente Lula, Haddad foi o gestor que mais investiu em educação, principalmente no Estado do Amazonas. Ampliou a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o Instituto Federal do Amazonas (Ifam), que ampliou de três para 16 unidades, a maioria no interior do estado.
Foi Haddad o criador do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, garantindo recursos mensais para o Amazonas e todos os municípios que pagam os professores e a manutenção das escolas. O Fundeb está previsto até 2020. Estamos lutando no Congresso Nacional para continuidade desse fundo. O Haddad também viabilizou o FIES, o Prouni, o Pronatec e tantos outros projetos que aumentaram as vagas para cursos superiores no Brasil e no Amazonas.
Haddad é bem-vindo ao Amazonas. É amigo do povo, dos trabalhadores e dos estudantes. Na campanha política dizia que queria ver nas mãos de cada pessoa, principalmente dos jovens, um livro e caneta numa mão e na outra uma carteira de trabalho. Esse sonho é nosso também. Por isso a luta vai continuar.
José Ricardo Wendling é formado em Economia e em Direito. Pós-graduado em Gerência Financeira Empresarial e em Metodologia de Ensino Superior. Atuou como consultor econômico e professor universitário. Foi vereador de Manaus (2005 a 2010), deputado estadual (2011 a 2018) e deputado federal (2019 a 2022). Atualmente está concluindo mestrado em Estado, Governo e Políticas Públicas, pela escola Latina-Americana de Ciências Sociais.
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Bom dia! Um professor universitário que deveria estar ensinando seus alunos em sala de aula quer criar maiores problemas para o país fazendo campanha (terceiro turno). Se estivesse preocupado com a educação do nosso povo não estaria ensinando (dentro de sala de aula) e não enganando a nossa juventude nas Universidades Públicas que já está completamente dominada por uma ideologia que já sabemos (pelos 16 anos de poder do PT) que não é bom para o nosso país para isso basta verificar a estatística (ranking) do Brasil em relação as demais ações. Senhores vamos discutir com coerência um futuro melhor para nossos jovens, para nossas universidades e não apenas defender o PT, Lula Livre e procurar criar mais problemas do que já estamos enfrentando. Mostrem propostas concretas para melhorar a educação universitária e reduzir os “gastos absurdos” sem qualquer retorno. Brasil hoje paga muito caro por um aluno nas universidades públicas e não há retorno concreto.
O nome disso é “panfleto de propaganda”. Eu especificamente selecionei o assunto “ciência e tecnologia” do aplicativo de notícias do celular, para ficar longe dessa estupidez política!