MANAUS – O esgoto da Maternidade Balbina Mestrinho, na zona sul de Manaus, está sendo despejado na rua. A denúncia foi feita pelos próprios funcionários da unidade de saúde, que reclamam há mais de dois meses à direção do mau cheiro que vem do esgotamento sanitário com defeito. Para minimizar o problema, a direção da unidade autorizou a instalação de uma bomba de sucção para esvaziar os esgotos entupidos, e os dejetos são jogados no meio-fio da Rua Doutor Machado, uma via lateral à maternidade.
As imagens abaixo foram encaminhadas ao AMAZONAS ATUAL e foram feitas na última terça-feira, 21, Feriado de Tiradentes. Um dos esgotos entupidos fica próximo do refeitório da maternidade e, segundo os funcionários, representa um incômodo nos momentos da refeição. Outra caixa de esgoto fica próximo da entrada de uma sala que é usada como farmácia.
“Modernidade”
Reformada recentemente, Maternidade Balbina Mestrinho foi reinaugurada no dia 2 de agosto de 2013, pelo então governador Omar Aziz e seu vice-governador José Melo. À época, a propaganda do governo “vendeu” a imagem de um hospital moderno.
Construída em parceria com o governo federal, a reforma e ampliação da unidade custou R$ 15 milhões, em obras e equipamentos, sendo R$ 8 milhões dos cofres estaduais e R$ 7 milhões do Ministério da Saúde.
Outro lado
A Susam, em nota, informou que o bombeamento do esgoto para a rua foi uma situação emergencial, mas ponderou que o material despejado na rua passa, antes, pela estação de tratamento de esgoto da unidade.
A secretaria também informa, na nota, que o setor de engenharia da Susam começou a trabalhar na confecção de projeto básico de emergência para a solução definitiva do problema. A seguir, a nota da Susam.
NOTA/SUSAM
A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) informa que, na última semana, a tubulação de esgoto que atende a Maternidade Balbina Mestrinho – que é muito antiga e passa por baixo do quartel da Polícia Militar, em terreno contíguo – apresentou um entupimento. Acionada pela direção da unidade, a Susam providenciou a limpeza de caixas por meio de um serviço de limpa-fossas. A medida – que em situações anteriores havia sido suficiente – não surtiu o efeito desejado, sugerindo um comprometimento maior da referida rede. Foi necessário, de forma emergencial, instalar uma bomba de sucção para o desvio dos resíduos – que antes passam pela estação de tratamento da unidade – para a área externa da maternidade. Paralelamente, o Setor de Engenharia da Susam começou a trabalhar na confecção de projeto básico de urgência para a solução definitiva do problema. Para execução do projeto, a Susam iniciou tratativas com a Prefeitura de Manaus – que já está com equipe técnica no local, uma vez que, provavelmente, será necessário construir uma linha de drenagem de aproximadamente 100 metros – entre a entrada da unidade (pela rua Tefé) até a caixa de esgoto que fica na altura do quartel da PM –, a fim de substituir o trecho da tubulação que passa por baixo do referido quartel (o que vem dificultando a manutenção da mesma). A Susam reitera seu empenho em dar uma solução para o problema.