Da Redação
MANAUS – A contratação de serviços privados de saúde pública no Amazonas custou R$ 976,4 milhões de janeiro de 2019 a junho deste ano, informa o governo do Estado. Segundo o governo, o valor inclui dívidas de 2018, da gestão do ex-governador Amazonino Mendes. Os pagamentos são para empresas de serviços médicos, de enfermeiros e de técnicos de enfermagem.
A maior parte desse volume de recursos foi para as 23 empresas de serviços médicos. Juntas, elas receberam R$ 701,6 milhões. As 20 empresas de enfermagem e de técnicos de enfermagem receberam R$ 274,7.
Em 2019 foram pagos R$ 692,3 milhões. De acordo com a Susam (Secretaria de Estado de Saúde), o passivo do ano passado com as empresas médicas e de enfermagem representa apenas 1,6% das pendências.
Foram pagos também, segundo a Susam, R$ 135,2 milhões por serviços prestados em 2018. Os pagamentos de 2020 somam R$ 148,9 milhões.
“Há um passivo histórico com as empresas que precisa ser revisto o quanto antes, pois não é possível que se preste um bom serviço quando não se recebe em dia. Por isso, estamos trabalhando para corrigir essa distorção, que vem de longa data”, disse a secretária de Saúde Simone Papapiz.
Os pagamentos são feitos com atrasos. Segundo a Susam, esse prazo está previsto em contrato. Muitos dos contratos têm caráter indenizatório, que obriga o pagamento e atrasa ainda mais a quitação dos débitos.
“O ideal é que a gente realize o pagamento no mês subsequente à prestação do serviço. Historicamente, a média de tempo tem sido de 90 dias, que é o tempo legal e contratual, mas observamos os contratos indenizatórios demoram mais para serem tramitados e esse acúmulo de competência compromete o ano seguinte e consequentemente os investimentos”, disse Papaiz.
A partir de janeiro de 2020, a Susam passou a fazer a contratação direta de técnicos de enfermagem. Desde então, segundo a Secretaria, 3.520 técnicos de enfermagem recebem em folha, o que também justifica a redução nos valores do ano corrente.