MANAUS – “De cada 100 reais pagos pelo consumidor de energia elétrica, a Eletrobras Distribuição Amazonas fica com apenas 12 reais, o restante é para o custos com geração, transmissão e pagamento de impostos”. A explicação sobre a divisão de valores na tarifa de energia foi feita pela diretora Comercial da Eletrobras Distribuição Amazonas, Andressa Oliveira, em audiência conciliatória realizada nesta sexta-feira (29/01), na sede do Tribunal Regional Federal.
Utilizando um quadro ilustrado explicativo, Andressa esclareceu aos participantes da audiência toda a composição da tarifa de energia no Amazonas. Segundo a diretora, 59,9% do valor da fatura paga pelo consumidor é destinado à geração de energia, 16,6% é para o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), 12% fica com a empresa para o seu custeio, 9,7% vão para os encargos setoriais e 1,8% para transmissão da energia.
A diretora foi enfática ao afirmar que empresa é apenas a distribuidora da energia, ou seja, responsável por uma parte do sistema. “Mais da metade do que é arrecadado com a tarifa é destinada à compra de energia elétrica no sistema para a distribuição no mercado local. A parte da conta de energia que cabe à empresa chega a ser menor que os impostos que pagamos pela prestação do serviço”, reforçou.
O presidente da Eletrobras Distribuição Amazonas, Antonio Carlos Faria de Paiva, destacou que, a distribuidora tem a 18ª mais barata entre as 60 empresas distribuidoras de energia elétrica no Brasil. Outro ponto ressaltado pelo presidente da empresa é que o reajuste da energia no Amazonas ficou abaixo da média nacional em 2015.
“O reajuste médio da tarifa no Brasil foi de 51%. Aqui no Amazonas o aumento foi de 38,8% para as residências e de 42,5% para a indústria”, lembrou o presidente, informando que todas as planilhas relativas ao cálculo da tarifa de energia estão à disposição de qualquer cidadão no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Participaram da audiência representantes da Eletrobras Distribuição Amazonas, da Aneel e de órgãos de defesa do consumidor. Como não houve uma conciliação entre as partes do processo, uma nova reunião será marcada pela Justiça Federal.
(Da assessoria da Eletrobras)