O Amazonas nunca foi prioridade para seus representantes quando estes sobem ao poder Central, em Brasília, ocupando um cargo no Poder Executivo. O caso mais recente foi Alfredo Nascimento no Ministério dos Transportes, que passou dois mandatos de Lula no cargo e não garantiu sequer a manutenção da BR-174. Agora, temos outro ministro, Eduardo Braga, em Minas e Energia, que ainda não emitiu qualquer sinal de que terá um olhar mais generoso para a companhia responsável pela distribuição de energia elétrica na capital e no interior do Estado. A Eletrobras Amazonas Energia mantém-se intocada, mesmo com todas as vozes que clamam pela melhoria dos serviços prestados à população. A falta de energia elétrica, ou não regularidade dos serviços, não afeta apenas os pequenos consumidores. A indústria reclama da falta de luz, como fez recentemente, em entrevista ao AMAZONAS ATUAL o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco. O Estado tem uma energia cara e um serviço de péssima qualidade, com um volume de perdas bem acima da média nacional. Mas até agora, o ministro não deu sinais de que está preocupado em resolver esses problemas. Portanto, está prevalecendo a máxima de que “santo de casa não faz milagre”.
Decretos de contenção 1
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB) publicou cinco decretos no Diário Oficial do Município desta segunda-feira, com o objetivo de concretizar as medias de contenção de despesas anunciadas há duas semanas. Entre eles estão o que estabelece o cadastro central de fornecedores do município e o que regulamenta o recebimento de materiais e institui os Sistemas Eletrônicos de
Gestão de Estoques e Patrimônio.
Decretos de contenção 2
Outros três decretos têm o seguinte teor: 1) Institui o Sistema Eletrônico de Gestão de Contratos – SIGEC, e regulamenta as
contratações de serviços e a gestão de contratos; 2) Regulamenta, no âmbito da Administração Pública Municipal direta, autárquica e
fundacional e demais entidades controladas, direta ou indiretamente pelo Município, o Sistema de Registro de Preços; 3) Institui o Sistema Integrado de Gestão de Compras e Contratos da Prefeitura de Manaus.
Pressão
Aliado do prefeito Arthur Neto (PSDB) comentou, ontem, com a coluna que um dos motivos que estariam retardando o anúncio da segunda leva de secretários da Prefeitura de Manaus é a pressão dos partidos aliados para assumir alguma pasta. Hoje, a prefeitura tem praticamente 90% dos cargos do alto escalão indicados por tucanos.
Dividindo o pão 1
Caciques de outros partidos argumentam com Arthur que ele precisa “dividir o pão” se quiser contar com a ajuda em 2016. Entre as legendas que lutam para “participar” do poder está o PTN, PSB, PDT, PSD, PROS e SDD do ex-secretário de Esportes Fabrício Lima. Fabrício, que queria voltar para o cargo depois de sair derrotado na eleição passada, teve que se conformar com o desprezo de Arthur e, agora, o vereador se intitula “independente” na CMM.
Dividindo o pão 2
No governo do Estado, o partido que mais tem cobrado a fatura de José Melo (PROS) é o PSD, do senador Omar Aziz. Além de manter quase metade do secretariado de Omar, a legenda também quer indicar aliados que ficaram desempregados em 2015, como o ex-deputado federal Carlos Souza e a ex-deputado estadual Vera Castelo Branco, que é do PTB, um partido aliado do ministro Eduardo Braga.
‘Fominha’
Além de ter importantes cargos no governo e podendo ficar com a presidência da ALE, o PSD quer mais: o secretário do partido e porta-voz do senador Omar Aziz, Paulo Radin, tem se reunido com o governador José Melo para garantir que a legenda emplaque ainda o nome do deputado David Almeida para a liderança do governo na Assembleia. Apesar de o partido contar com outros políticos na Casa, como Ricardo Nicolau e Dr. Gomes, Radin comentou com Melo que Omar se sente mais à vontade tendo Almeida como o interlocutor.