Da Redação
MANAUS – Dos 24 deputados da ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas), apenas oito assinaram o requerimento para instalar a CPI dos Combustíveis, segundo o deputado Álvaro Campelo (PP), que é autor do pedido. Para abrir as investigações era necessário o apoio de, no mínimo, um terço dos deputados. No entanto, somente após três semanas as oito assinaturas foram alcançadas.
Os deputados que assinaram o requerimento foram Joana Darc (PR), Álvaro Campelo (PP), Dermilson Chagas (PP), Felipe Souza (PHS), João Luiz (PRB), Serafim Corrêa (PSB), Wilker Barreto (Podemos) e Roberto Cidade (PV).
De acordo com Campelo, o cronograma da CPI dos Combustíveis da ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas) será definido na primeira reunião da comissão na próxima segunda-feira, 1º.
“Segunda-feira nós teremos a primeira reunião oficial da comissão para traçar o cronograma de atividades, as estratégias que serão utilizadas. Todos os atores e partícipes desse processo serão convidados. O objetivo é fazer investigação mais ampla possível para que possamos dar essa resposta a sociedade”, disse Álvaro Campelo em entrevista ao ATUAL, na manhã desta sexta-feira, 29.
A CPI, que investiga suposta prática de cartel nos postos de combustíveis, também alcançará os municípios do Estado, onde o preço do litro da gasolina chega a R$ 7, segundo Álvaro Campelo (PP), que é membro da comissão. Além da suposta prática de cartel, a CPI também vai apurar a variação semanal dos preços sem justificativa.
O prazo para que a comissão conclua o relatório é de 120 dias, mas esse tempo pode ser renovado. Ao final, o relatório será encaminhado para o MP-AM (Ministério Público do Estado do Amazonas).
Álvaro Campelo disse que o processo de investigação deverá ter a participação dos Procons estadual e municipal, da DPE (Defensoria Pública do Estado do Amazonas), MP-AM, Polícia Federal, ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e Ipem (Ipem Amazonas – Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Amazonas).
Para o deputado, não há perseguição e nem demonização do segmento de combustíveis no Amazonas, como é alegado por proprietários de postos, e a investigação pode ser um atestado de idoneidade dos postos. “Todo e qualquer empresário é importante. O empresário do setor de combustível gera empregos, gera dividas para o estado, contribui para o crescimento. Caso ao final dessa CPI não seja constatado nada, isso será um atestado de idoneidade. Tudo vai ser repassado, ninguém quer esconder nada”, afirmou Campelo.
A comissão, instalada nessa quinta-feira, 28, é presidida pela deputada Joana Darc (PR), tem como relatora a deputada Alessandra Campêlo (MDB), e como membros os Álvaro Campêlo (PP), Fausto Júnior (PV) e Abdala Fraxe (Podemos).
Delegado Péricles só não assinou porque estava em tratamento, pelo tiro que levou ano passado. Mas toda a equipe do CCJR, que ele preside, à disposição para ajudar no que for preciso!