Da Redação
MANAUS – O Festival Amazonas de Ópera será mantido este ano, já dinheiro para as escolas de samba dependerá de estudo sobre a disponibilidade de recursos públicos, afirmou o secretário de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo Muniz, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 3. Eventos culturais bancados pelo governo serão anunciados somente após estudos de viabilidade na capital e no interior.
“Como estamos em início de gestão, primeiro é preciso entender quais são as tratativas encaminhadas e o que teremos de recursos para execução. Mas os festivais já são da população e precisam ser mantidos, até pela geração de renda e impacto social que representam”, afirmou Marcos Apolo.
A dificuldade no repasses de dinheiro para as escolas de samba ocorre porque se trata do primeiro evento de grande porte do ano, que será realizado em março, e a prioridade do governo, no momento, é rever os contratos em atividade.
Além disso, conforme o relatório de transição do governador Wilson Lima (PSC), não houve preparação do edital para o Carnaval 2019, e serviços essenciais estão paralisados, como limpeza e manutenção, segurança, locação de equipamentos, patrimônios culturais e espaços públicos.
“Este ano o Carnaval vai ser em março. Conseguimos um fôlego para fazer um grande Carnaval. Estamos levantando todas as informações e na próxima semana nós teremos agenda com as escolas de samba para poder começarmos a consolidar todas as tratativas para execução do Carnaval”, disse Marcos Apolo.
O secretário afirmou que já está analisando a parte de recursos e editais. “Estamos vendo toda a questão dos mecanismos e procedimentos para que os repasses sejam feitos. A partir dessa reunião que teremos com eles, vamos estabelecer uma agenda e cronograma de ações que culminará no nosso espetáculo”, afirmou.
Em 2018, o Governo do Amazonas liberou R$ 857,5 mil para as escolas de samba de Manaus. Em contrapartida, a Prefeitura de Manaus concedeu o mesmo valor, totalizando R$ 1,7 milhão para as agremiações realizarem o desfile no Sambódromo.
O orçamento da SEC para 2019 está estimado em R$ 100,8 milhões, conforme o Projeto de Lei Orçamentária Anual. É desse montante que a secretaria deve custear não apenas os eventos, mas também o pagamento de pessoal e contratos.
Iniciativa privada
De acordo com Marcos Apolo, é necessário buscar alternativas para desenvolver projetos que fomentem a cultura no Estado dentro dos limites orçamentários. “Sabemos que tudo demanda recursos. Como estamos saindo de um processo de retração econômica do país, o nosso desafio é realizar as ações de forma criativa, sem onerar os cofres públicos. As parcerias com a iniciativa privada podem e devem ser aliadas nessa missão”, disse o secretário.
Entre as medidas urgentes estão a reformulação e a ampliação de ações que “geram impacto social e ampla geração de emprego e renda”. Eventos como o Carnaval, Festival Folclórico de Parintins, Festival Folclórico do Amazonas, festivais culturais diversos e programação de natal são as principais apostas.
Marcos Apolo afirmou que quer identificar e desenvolver potencialidades culturais dos municípios do interior. Para isso, ele espera ter o apoio das prefeituras. “Não é só a interiorização, ir lá e voltar. É fazer algo em conjunto com as prefeituras para termos algo que tenha frutos”, afirmou.