Por Saadya Jezine, da Redação
MANAUS – Ficou para quarta-feira, 27, a definição sobre a realização do jogo entre Brasil e Colômbia, no dia 6 de setembro, pelas Eliminatórias da Copa 2018, na Arena da Amazônia, em Manaus. Em audiência de conciliação na manhã desta segunda-feira, 25, na 11ª Vara da Fazenda Pública, o advogado da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Diego D’Avila, pediu um prazo para discutir com a direção da entidade as exigências do MP-AM Ministério Público do Amazonas). O MP conseguiu, na Justiça, suspender a venda dos ingressos alegando preço abusivo e solicitou a redução de 60% no valor. A comercialização está suspensa desde sexta-feira, 22. D’Avila não apresentou propostas à redução no valor dos ingresso e recebeu prazo de 48 horas, estipulado pela juíza Mônica Chaves do Carmo.
Em nova audiência, também será decidido se haverá a numeração dos assentos nos bilhetes. D’Avila disse que o número das cadeiras não foi identificado nos bilhetes porque a Sejel (Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer), que administra o estádio, informou que os assentos não são numerados. A FVO (Fundação Vila Olímpica), vinculada à Sejel e responsável pela manutenção do complexo, negou a informação. O número de ingresso disponibilizados será de apenas 35 mil, abaixo dos 44.351 da lotação do estádio. A audiência foi a portas fechadas no Fórum Henoch Reis, na zona centro-sul da capital, e teve a participação do procurador-geral do Município Marcos Cavalcanti; do presidente da FAF (Federação Amazonense de Futebol), Dissica Valério Tomaz; e do promotor Otávio Gomes.
O MP considerou que os preços estão 250% acima dos praticados em outros estádios, como o Castelão, em Fortaleza (CE). O setor mais em conta será a arquibancada superior, que custará R$ 220 (inteira) e R$ 110 (meia). Para a arquibancada inferior, a entrada inteira custa R$ 260 e a meia R$ 130. Além desses setores, serão disponibilizados outros três (Vip, Premium e Camarote), com valores que vão de R$ 300 a R$ 400. Não haverá lugar marcado, mas o bilhete só é válido para o setor determinado na compra.
Diego D’Avila negou que a CBF tenha cogitado levar a partida para outra capital. Segundo ele, a escolha por Brasília, divulgada na imprensa, foi apenas especulação. A capital federal foi citada porque está no circuito da CBF para receber partidas da Seleção Brasileira.