Da Redação
MANAUS – O deputado estadual David Almeida (PSB), candidato a governador do Estado pela coligação ‘Renova Amazonas’, desafiou o governador Amazonino Mendes (PDT), que disputa a reeleição, a provar que foi efetuado qualquer pagamento pela Suhab (Superintendência Estadual de Habitação) no caso Ezo. Amazonino acusa o governo interino de Almeida do desvio de R$ 5 bilhões. Em debate na TV Bandeirantes, nessa quarta-feira, 12, David afirmou que renuncia a candidatura, ao seu mandato de deputado e de presidente da ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas) se Amazonino comprovar as suas acusações, também feitas durante o debate.
“Eu desafio a quem está espalhando mentiras no Amazonas a comprovar que entrou ou que saiu qualquer centavo dos cofres do governo do contrato de R$ 5 bilhões da Ezo com a Suhab durante o meu governo interino. Eu renuncio a minha candidatura ao governo e meu cargo de presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas se provarem que paguei um centavo que seja desse contrato. Isso é uma notícia mentirosa, fantasiosa, isso é uma fake news de quem não tem propostas para o Amazonas. O desafio está lançado”, afirmou.
David rebateu a afirmação de Amazonino, feita no penúltimo bloco do debate, ao lembrar que os órgãos de controle já tinham divulgado a lisura de seus atos enquanto governador, e a Justiça do Amazonas já tinha classificado a divulgação do caso como fake news (nos termos da liminar no Processo nº 0600787-33.2018.6.04.0000). O candidato ainda lembrou, durante o debate, das diversas denúncias de dispensas de licitação empreendidas pela gestão governo tampão de Amazonino, desde quando ele assumiu o cargo, em outubro do ano passado.
“O deputado Sabá Reis denunciou várias vezes, na tribuna da Assembleia Legislativa, as inúmeras dispensas de licitação realizadas pelo atual governo. De acordo com o parlamentar já foram pelo menos 625 contratos sem licitação, o que equivale a, aproximadamente, R$ 500 milhões de recursos públicos”, disse.
David citou a compra de 228 mil livros para a Seduc, no valor de R$ 50, a unidade, que somam R$ 11,4 milhões aos cofres públicos e que foi impedida. Segundo, David, após investigações de preços em livrarias, mercado livre e nas editoras de São Paulo e Manaus, se descobriu que o mesmo livro de R$ 50 poderia ser comprado em uma editora amazonense, por apenas R$ 2,30. Uma diferença superior a R$ 9 milhões.
David disse ainda que somente depois da denúncia feita pelo deputado Sabá Reis, os atuais gestores da Seduc (Secretaria de Estado da Educação) seguraram a compra dos livros. “Agora é esperar se o governo irá apresentar alguma prova de pagamento no caso E do, durante o meu governo. O desafio foi lançado. Resta saber se Amazonino e quem espalha fake news irão enfrentar ou se ficarão calados. Eu renuncio a minha candidatura se ele provar, e espero que ele faça o mesmo se não conseguir”, disse David.
A Ezo foi contratada para rastrear dívidas da União com o Estado do Amazonas. Pelo contrato, firmado com a Suhab, a empresa receberia o percentual equivalente ao valor recolhido pelo governo federal, caso as dívidas sejam pagas.
E o terreno do sogro do Abdala Fraxe?