Da Redação
MANAUS – Os deputados da CPI da Saúde da ALE (Assembleia Legislativa do Amazonas) irão confrontar frente a frente José Luiz Gasparini, diretor executivo do INDSH (Instituto Nacional de Desenvolvimento Humano e Social), e os técnicos responsáveis pelo controle regulador da Secretaria de Saúde do Amazonas. A organização social gerencia o Hospital e Pronto Socorro Delphina Aziz, na zona norte de Manaus.
A acareação foi aprovada em reunião da comissão nesta segunda-feira, 14, e será realizada nesta quinta-feira, 17, às 14h30. Gasparini ficará de frente com o assessor técnico do complexo regulador, Felizardo Monteiro; com a coordenadora de Internação e Urgência, Mônica Melo, e com o coordenador de Regulação Ambulatorial, Roberto Maia.
De acordo com os deputados da comissão, houve “desencontro” de informações prestadas pela entidade e pelos técnicos do governo estadual e a acareação tem objetivo de alcançar os “números reais do contrato firmado entre a organização social e o Governo do Amazonas para a administração da unidade hospitalar da zona norte”.
Na manhã desta segunda-feira, 14, Felizardo Monteiro afirmou aos parlamentares que o INDSH disponibilizou uma média de 133 leitos no mês de abril, período mais crítico da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Amazonas.
De acordo com a CPI da Saúde, a informação contraria o depoimento de Gasparini, no dia 28 de agosto, onde o gestor afirmou que a entidade entregou todos os leitos clínicos e de UTI na unidade, mas que a Susam utilizou apenas 50% das vagas ofertadas.
“O Estado assinou um quarto termo aditivo para Covid e o contrato dizia que seriam 331 leitos disponíveis. O diretor da OS afirmou que entregou todos os leitos, mas o mapa de leitos aponta que foram 133 leitos, ou seja, apenas 40%”, explicou o deputado Wilker Barreto (Podemos).