Por Ana Carolina Barbosa, da Redação
MANAUS – De janeiro a setembro deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas registrou 337 incêndios em vegetação urbana, em Manaus, 51,1% a mais que no mesmo período de 2014, quando foram contabilizadas 223 ocorrências desse tipo. Se somados aos 33 incêndios registrados apenas nos seis primeiros dias deste mês, o número de 2015 cresce para 370. No Amazonas como um todo, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), registrou, este ano, 11.741 focos de incêndio ou queimadas, cerca de 340 só nos últimos três dias.
De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, algumas medidas foram adotadas para ampliar a capacidade da corporação, que hoje dispões de 746 bombeiros militares, dos quais 545, atuantes na capital. Em setembro, Manaus bateu o recorde de temperatura dos últimos 90 anos, registrando 39 ºC e, de lá para cá, tem mantido elevadas temperaturas, o que facilita o aparecimento de focos de incêndio.
Para atender a demanda, a corporação formou, nas duas últimas semanas, 600 brigadistas no Estado e, em Manaus, uniu forças com órgãos municipais para intensificar as ações de combate aos incêndios e fiscalizações. Desde a última segunda-feira, a corporação passou a dispor de dois caminhões-pipa da Manaus Ambiental, concessionária responsável pelo abastecimento e distribuição de água encanada na capital. A medida foi adotada pela Prefeitura de Manaus.
Sobre as reclamações de demora no atendimento, a exemplo do que ocorreu segunda e terça-feira, no Residencial Allegro Clube – avenida Torquato Tapajós, Novo Israel, zona Norte -, o maior condomínio de Manaus, que registrou incêndios nessas datas e que precisaram ser contidos pelos próprios condôminos, a assessoria explicou que são exceções que ocorrem em ocasiões onde toda a força operacional encontrava-se mobilizada no atendimento de outras ocorrências.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou, ainda, que Iranduba, localizada do outro lado do Rio Negro, e que faz parte da Região Metropolitana de Manaus, recebeu a implantação da primeira Unidade de Proteção Civil e Meio Ambiente, que permitirá o estreitamento da parceria entre Bombeiros, Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas) e Defesa Civil.