As cooperativas médicas e de enfermeiros, e empresas privadas contratadas pelo governo do Estado para fornecer mão de obra para as unidades de saúde do Estado consomem por ano R$ 113,5 milhões. Esse dado está na Ação Civil Pública, assinada pela promotora de Justiça Liani Mônica Freiras Rodrigues, ajuizada na semana passada no Tribunal de Justiça do Amazonas, e que pede ao Judiciário que obrigue o governo de José Melo a nomear os aprovados nos concursos públicos de 2005 e de 2014. A promotora argumenta que com o dinheiro pago às empresas e cooperativas é suficiente para a contratação de todos os aprovados nos dois últimos concursos. Na mesma ação, a promotora usa dados da própria Susam para demonstrar que o Estado tem 30.983 cargos públicos na Secretaria de Estado de Saúde, mas apenas 11.499 estão preenchidos. Grande parte do pessoal que presta serviços nas unidades de saúde é contratada ou pelas cooperativas e empresas terceirizadas ou pelo Regime de Direito Administrativo, os chamados temporários, que não são submetidos a concurso público.