Da Redação
MANAUS – Mesmo sem data oficial para a volta das aulas presenciais na rede pública municipal e estadual do Amazonas, a Asprom Sindical (Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus) anunciou que há possibilidade do retorno das atividades em agosto e se isso ocorrer, a categoria fará greve. Em nota, a entidade informa que assembleia realizada nessa sexta-feira, 17, aprovou o indicativo de paralisação.
Helma Sampaio, presidente da Asprom, diz que Semed (Secretaria Municipal de Educação) e a Seduc (Secretaria Estadual) planejam a volta presencial. A Asprom se baseia em informes de funcionários das escolas. “Não existe uma data oficial da Seduc e da Semed referente ao retorno das aulas. Essa data de 3 de agosto nós sabemos por pessoas que já estão nas escolas, como por exemplo, serviços gerais, merendeiros, que dizem que os gestores já comunicaram que é dia 3 de agosto. Mas, oficialmente, não existe uma data definida. Nós sabemos que eles estão se movimentando e preparando tudo para um provável retorno em 3 de agosto”, dafirmou.
A presidente do sindicato disse que o estado de greve é apenas um alerta. “Não é a greve, é o estado de greve, onde nós estamos comunicando à sociedade, vamos comunicar aos governantes que se for determinado o retorno das aulas, provavelmente nós estaremos entrando em greve. Por hora, não estamos em greve, estamos em estado de greve”, justificou.
Sampaio afirma que a decisão foi tomada porque não são ouvidos pelas secretarias. “Então, diante disso, sbore porque eles não recebem as entidades sindicais para conversar, estamos muito inseguros, nós decretamos o estado de greve”, disse.
Sem previsão
Consultada, a Semed informou que não há previsão para retorno das aulas na rede pública municipal. Segundo a Secretaria, esta informação consta em diversos materiais de divulgação produzidos pelo órgão publicados tanto no portal da entidade quanto nas redes sociais, bem como em comunicação feita à imprensa, em que ressalta não haver data para o retorno e que o mesmo se dará apenas após deliberação dos órgãos de saúde.
A Semed afirma que no final de junho foi feita uma reunião pela internet com as entidades representantes dos profissionais da educação, incluindo a Asprom, e que contou com a presença também de representante do MP-AM (Ministério Público do Amazonas), em que foi informado oficialmente aos participantes sobre a indefinição quanto ao retorno das aulas presenciais até que houvesse orientação oficial dos órgãos de saúde sobre a segurança do ato.
Na reunião, foi informado também sobre a criação de um Grupo de Trabalho intersetorial com participação das áreas da educação, saúde e assistência social, a fim de fazer o monitoramento epidemiológico, bem como organizar os protocolos de segurança para o retorno. A Semed reforça que jamais optará por qualquer decisão que coloque alunos, professores e demais servidores da educação em risco.
No âmbito estadual, a Seduc informou que por enquanto não irá se manifestar sobre o assunto.
Veja a nota completa da Asprom: