Por Murilo Rodrigues, do ATUAL
MANAUS – Manauaras que prestigiaram o ensaio técnico das escolas de samba do Grupo Especial de Manaus, na segunda (13) e nesta terça-feira (14), reclamaram dos preços de cerveja, água e churrasquinho cobrados no Sambódromo.
O susto ocorre logo na chegada ao local do desfile das agremiações. Flanelinhas cobravam, adiantado, R$ 20 por vaga de estacionamento na rua. Um deles foi questionado pelo ATUAL sobre o valor, pois o espaço é público. Ele disse que o local foi cedido “pelo pessoal das escolas de samba”.
Com o preço “salgado” para estacionar, o consolo é “matar” a sede fora do Sambódromo onde a cerveja de lata de 269 ml era vendida a R$ 4. Ambulantes ofereciam até 3 latas por R$ 10 (dependendo da marca). O acesso ao Sambódromo era permitido com apenas uma lata por pessoa.
Dentro da passarela do samba, os preços não são nada atraentes. A lata de cerveja Itaipava, de 269ml, custava R$ 7. A marca é patrocinadora do carnaval e a única autorizada a vender dentro do Sambodrómo.
Nas mesmas barracas da Itaipava, o refrigerante Coca-Cola em lata de 350ml era vendido a R$ 7. A água mineral de 350ml custava R$ 5.
Vendedores ambulantes credenciados para atuar dentro do Sambodrómo estavam vendendo salgados a R$ 10.
Fora do Sambodrómo, a mesma Itaipada de 269ml era vendida por ambulantes a 3 latas por R$ 10.
Nas redes sociais, os consumidores consideraram absurdo os preços. “Como é que querem que o povo volte a prestigiar os desfiles das escolas de samba de Manaus com esses valores faturados?”, questionou um internauta.
“Eu acho um absurdo, preços abusivos, quem quiser discordo que discorde. Mas essa é minha opinião”, disse outro. “E o pior, toda a festa é financiada com recursos públicos. É um roubo”, reclamou outro. “A coca cola que comprei ontem foi 8 reais e a pessoal ficou me devendo 1 real porque não tinha troco. A cerveja é cara e quente por cima”, disse um internauta.
Os foliões e brincantes também relataram o preço dos populares churrasquinhos. O espetinho custava até R$ 8. Um vendedor oferecia 3 churrasquinhos por R$ 20.
A reportagem do ATUAL questionou a SEC (Secretaria de Cultura), que informou que os desfiles ficam sob responsabilidade das ligas, Ceesma, Gao e Uesam, entidades representantes dos grupos de escolas de Carnaval.
O ATUAL também entrou em contato com a Uesma e Ceesma pedindo informações sobre como é feita a seleção para venda das bebidas no local e como são definidos os preços ao consumidor, mas ainda não obteve resposta.
(Colaborou: Teófilo Benarrós de Mesquita)
Se essas festas tiver incentivo e dinheiro público envolvido esses preços são totalmente arbitrários e devem ser investigados imediatamente. Qualquer evento que tenho alguma ligação com prefeitura e governo tem que ser visto, agora se não tiver ligação e for empresas privadas 100% aí pode até justificar tal preço coisa que eu acredito que não seja. Órgãos públicos de investigação façam seu trabalho com urgência!!!
Caro e pouco me rouba logo e o certo, aqui no bairro a cerveja tava 5 reais a latinha, eu deixei a festa na hora e vim embora, unica coisa que comprei antes de ir foi um prato de comida de 10 conto, e vim embora, jamais ia da meu dinheiro suado pra comerciantes ladroes.
Aconselho a todos que forem ao Sambodromo na hora de consumir algo que vá ao lado de fora comprar com os ambulantes. O preço abusivo dentro do Sambodromo deve ser ou porquê o vendedor pagou alguma alta taxa para trabalhar lado interno da área ou está revendendo para patrões e precisa tirar seu lucro.