Da Redação
MANAUS – O crime de compra de votos cresceu na eleição de 2020 em comparação ao último pleito de 2018, no Amazonas, segundo o delegado Fábio Pessoa, da Delegacia de Crime Eleitoral. O delegado afirmou que a compra de votos configura crime organizado e em alguns casos incluem envolvimento com o tráfico de drogas em municípios do interior.
“Se fizermos uma comparação entre as eleições anteriores, que eram gerais, a gente observa um incremento do fato da prática de crime de compra de voto. Isso vem justamente atestar a tentativa do crime organizado em eleger os seus candidatos para que possam ter de algum modo influência”, disse o delegado.
Segundo Fábio Pessoa, foram registrados cinco flagrantes de compra de votos no Amazonas, em quatro municípios. Na capital Manaus foram dois flagrantes de compra de votos, um terceiro caso está sendo apurado. Em Manacapuru também houve um flagrante, “cumulado com o tráfico de drogas”. Em Tefé e Coari também foi registrado compra de voto. O delegado não informou dados do último pleito para comparação.
Pessoa alertou que a compra de votos está se associando com o crime de divulgação do sigilo do voto. Os eleitores que participam do crime se comprometem a enviar fotos comprovado o voto, o que também é ilegal.
“É importante que a Justiça Eleitoral possa coibir a prática do uso de câmera e de celular dentro da urna. Temos observado que o crime organizado, que está comprando ou querendo comprar o voto, exige como prova da prática do crime a foto da urna. Assim ele vai pagar de fato o voto que ele está desejando comprar”, explicou Fábio Pessoa.