Por Lúcio Pinheiro, da Redação
MANAUS – Desde que assumiram os mandatos em fevereiro de 2015, os deputados federais pelo Amazonas gastaram R$ 431 mil em combustível. Com esse dinheiro, daria para comprar 100,4 mil litros de gasolina (ao preço de R$ 4,29), o suficiente para dar 37 voltas na Terra em um carro popular.
Os valores são referentes ao uso da Ceap (Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar), no período de fevereiro de 2015 a dezembro de 2017. Conhecida como ‘cotão’, a verba indenizatória está disponível a todos os parlamentares e banca, além de combustível, despesas como alimentação, passagens aéreas, Internet e telefone.
Segundo os dados consultados pelo ATUAL no site da Câmara dos Deputados, o parlamentar que mais gastou com combustível foi Marcos Rotta (PSDB) – R$ 112,3 mil. O tucano foi deputado federal de fevereiro de 2015 a dezembro de 2016, quando renunciou ao cargo para assumir o mandato de vice-prefeito de Manaus.
O segundo parlamentar da bancada do Amazonas que mais gastou com combustível foi Pauderney Avelino, do DEM. De acordo com as informações da Câmara, o político apresentou despesas no valor de R$ 92,8 mil nos último três anos. Em terceiro vem Hissa Abrahão (PDT), com R$ 77,5 mil, seguido por Conceição Sampaio (PP), com R$ 54 mil.
Outro deputado federal que não teve problema com combustível de 2015 até aqui foi Silas Câmara (PRB). Segundo o portal do Legislativo, até dezembro de 2017, ele usou R$ 39,6 mil da Ceap para pagar este tipo de despesa. Enquanto Alfredo Nascimento (PR) declarou ter gasto R$ 31,9 mil com o mesmo item.
Deputado federal até setembro de 2017, Arthur Bisneto (PSDB) apresentou gastos de R$ 16,2 mil com combustível. O tucano se licenciou do mandato para assumir a Casa Civil da Prefeitura de Manaus. O seu substituto, Carlos Souza, também do PSDB, no três primeiros meses de trabalho (outubro, novembro e dezembro de 2017), gastou R$ 3,3 mil da Ceap com combustível.
O deputado federal do Amazonas que menos declarou gastos com combustível nesta legislatura foi Átila Lins (PSD). De acordo com o portal da transparência da Câmara, ele gastou R$ 3 mil com este tipo de despesa.
Sabino Castelo Branco (PTB), que esteve em Brasília de janeiro a agosto de 2017, não declarou despesas com combustível, segundo o site do Poder Legislativo. O político ocupava a vaga deixada por Marcos Rotta, mas teve que deixar a Casa também depois de sofrer um AVC. Gedeão Amorim assumiu o lugar dele no final de dezembro do ano passado.