Por Felipe Campinas, do ATUAL
MANAUS – Com 14 novos casos confirmados nesta quarta-feira (28), saltou para 111 o número de pessoas diagnosticadas com a Monkeypox, doença mais conhecida como varíola dos macacos, no Amazonas, segundo dados da FVS-AM (Fundação de Vigilância em Saúde). São 12 novos casos em Manaus e dois em Iranduba (a 19,8 quilômetros de Manaus).
Notificados entre os dias 20 e 23 deste mês, os novos casos são homens na faixa etária de 19 a 38 anos. Eles começaram a sentir os sintomas entre 9 e 22 de setembro, sendo os principais a febre, dor de cabeça, erupção cutânea (bolhas na pele), tosse, fraqueza, inchaço no pênis e linfadenopatia (aumento dos gânglios linfáticos, presentes no pescoço).
De acordo com a FVS, 13 pessoas infectadas seguem estáveis, em isolamento domiciliar, e estão sendo acompanhados por equipes do Cievs Manaus (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância). Um rapaz necessitou de hospitalização devido às dores nas lesões.
Com os novos casos, o Amazonas passa a ter 111 casos confirmados e 138 casos descartados. A maioria dos infectados (108) é residente em Manaus, dois moram em Iranduba e um em Parintins. Outros 61 suspeitos estão aguardando o resultado de exames, sendo que um desses casos suspeitos se encontra hospitalizado devido às dores nas lesões.
A FVS informou que o aumento no número de casos confirmados se deve ao maior número de casos suspeitos detectados no mês de setembro.
Dos 111 casos confirmados até o momento, 107 (96%) são do sexo masculino e 4 (4%) do sexo feminino. Conforme a FVS, 52% dos casos confirmados informaram que tiveram contato íntimo, incluindo sexual, com desconhecido/a(s) e ou parceiro/a(s) casual(is) ou múltiplas, nos últimos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.
Transmissão
De acordo com o Ministério da Saúde, a principal forma de transmissão da Monkeypox ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias.
Ocorre, principalmente, por meio do contato direto pessoa a pessoa com as erupções e lesões na pele, fluidos corporais (tais como pus, sangue das lesões) de uma pessoa infectada. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva.
A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.
Já a transmissão por meio de gotículas, normalmente, requer contato próximo prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos, pessoas com maior risco de infecção.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar. A doença geralmente evolui para quadros leves e moderados e pode durar de 2 a 4 semanas.
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Evitar o contato íntimo ou parcerias sexuais desconhecidas é uma das recomendações da FVS para se prevenir da doença, assim como evitar beijar, abraçar, ou fazer sexo com alguém com Monkeypox. No caso de sintomas da doença, deve-se avisar as pessoas com quem se teve relação sexual nos últimos 21 dias.
A FVS também orienta que as pessoas diagnosticadas com Monkeypox devem utilizar máscara e roupas cobrindo as lesões; higienizar as mãos frequentemente; não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, roupas ou roupas de cama; e buscar um serviço de saúde nos casos de aparecimento de lesões (bolhas) ou feridas.
O atendimento inicial deve ser realizado, preferencialmente, nas unidades básicas de saúde da atenção primária, indicando-se internação hospitalar para os casos que apresentem sinais de gravidade. Os sinais e sintomas incluem dor de cabeça, febre, calafrios, dor de garganta, malestar, fadiga, lesões maculopapulares na pele e linfadenopatia.
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