
Por Felipe Campinas, do ATUAL
MANAUS – Com mais oito casos confirmados nesta sexta-feira (23), subiu para 89 o total de pessoas diagnosticadas com a Monkeypox, doença mais conhecida como varíola dos macacos, no Amazonas. Conforme a FVS-AM (Fundação de Vigilância em Saúde), os casos se concentram em Manaus, que tem 88 infectados. Apenas um paciente diagnosticado com a doença é de Parintins.
O Cievs-AM (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Amazonas) avalia 57 casos suspeitos, sendo dois hospitalizados devido às dores nas lesões.
De acordo com a FVS, os novos casos são homens com idades entre 23 e 35 anos, residentes em Manaus. Eles começaram a sentir os sintomas entre 1 e 15 de setembro, sendo os principais a febre, dor de cabeça, bolhas na pele, tosse fraqueza e inchaço no pênis. Não precisaram ser internados e, atualmente, cumprem isolamento domiciliar.
Dos 89 casos confirmados, 86 (96%) são do sexo masculino e três (4%) do sexo feminino, com mediana de idade de 29 anos. O Cievs-AM observou que 52% dos casos confirmados tiveram contato íntimo, incluindo sexual, com desconhecido/a(s) e ou parceiro/a(s) casual(is) ou múltiplas, nos últimos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.
Transmissão
De acordo com o Ministério da Saúde, a principal forma de transmissão da monkeypox ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias.
Ocorre, principalmente, por meio do contato direto pessoa a pessoa com as erupções e lesões na pele, fluidos corporais (tais como pus, sangue das lesões) de uma pessoa infectada. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva.
A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.
Já a transmissão por meio de gotículas, normalmente, requer contato próximo prolongado entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos, pessoas com maior risco de infecção.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se formar. A doença geralmente evolui para quadros leves e moderados e pode durar de 2 a 4 semanas.
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Evitar o contato íntimo ou parcerias sexuais desconhecidas é uma das recomendações da FVS para se prevenir da doença, assim como evitar beijar, abraçar, ou fazer sexo com alguém com Monkeypox. No caso de sintomas da doença, deve-se avisar as pessoas com quem se teve relação sexual nos últimos 21 dias.
A FVS também orienta que as pessoas diagnosticadas com Monkeypox devem utilizar máscara e roupas cobrindo as lesões; higienizar as mãos frequentemente; não compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, roupas ou roupas de cama; e buscar um serviço de saúde nos casos de aparecimento de lesões (bolhas) ou feridas.
O atendimento inicial deve ser realizado, preferencialmente, nas unidades básicas de saúde da atenção primária, indicando-se internação hospitalar para os casos que apresentem sinais de gravidade. Os sinais e sintomas incluem dor de cabeça, febre, calafrios, dor de garganta, malestar, fadiga, lesões maculopapulares na pele e linfadenopatia.
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