Da Redação
MANAUS – Com 25 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas confirmados em testes do Lacen (Laboratório central), o Amazonas possui 200 pacientes com a doença, informou a FVS (Fundação de Vigilância em Saúde), em anúncio nas redes sociais no início da tarde desta quarta-feira, 1. Desses, 179 são em Manaus e 21 registrados em municípios do interior. São mais duas ocorrências em Manacapuru, que agora possui seis portadores da doença. Segundo a FVS, 31 pacientes estão fora do período de transmissão do vírus.
Até esta quarta-feira foram três mortes causadas por complicações do vírus. Outras três estão sendo investigadas. Uma delas foi de um homem de 80 anos. O exame de laboratório foi indeterminado e por isso o teste será feito novamente. Outra morte também é de um homem de 49 a a terceira foi da violinista Margarita Chtevera, de 59 anos, da Amazonas Filarmônica.
Dos pacientes confirmados com a doença, 138 estão em casa, 28 estão internados em hospitais e, desses, 13 estão em UTI. São sete pacientes internados com mais de 60 anos e 21 que estão entre 18 e 60 anos. Os 25 profissionais de saúde que testaram positivo para o coronavírus estão em isolamento domiciliar. Outros 106 pacientes suspeitos aguardam os resultados dos exames.
Profissionais de saúde
De acordo com Rosemary Pinto, dos 25 profissionais de saúde que contraíram a Covid-19, 22 foram contaminados em viagens e três em atendimento a pacientes. “A maioria deles, para ser mais exata, 22, esteve fora do estado, na Europa, Estados Unidos, São Paulo, Rio de Janeiro e outras áreas de transmissão comunitária e chegaram aqui contaminados. Alguns deles passaram o vírus para familiares, amigos e colegas de trabalhos. E nós temos três sim que adquiriram o vírus no exercício da profissão”, disse.
Leitos
Cássio Espírito Santo, secretário de Ações de Saúde no Interior, afirmou na entrevista on-line que o governo está tentando parcerias para aumentar a quantidade de leitos de UTI no Hospital Delphina Aziz. “Atualmente, a gente dispõe de 50 leitos de UTI. A nossa ideia é estar ampliando até 350 leitos no Hospital Delphina Aziz. A gente vem fazendo tratativas com diversas instituições e o governo vai estar em breve definindo a instituição que estará dando suporte nessa situação”, disse.
Quanto aos leitos clínicos, aqueles destinados aos pacientes que não precisam do uso de respiradores para o tratamento, Cássio disse que no momento são 350 e que o estado está procurando ampliar o número de leitos de isolamento clínico em todos os municípios para atender possíveis demandas.
Questionado sobre o possível uso da Fundação de Medicina Tropical para hospital de campanha, como no Delphina, Cássio afirma que o risco de contaminação aos pacientes que já estão no local seria alto. “Pessoas com outras comorbidades estão lá. Então por isso, para evitar a contaminação, estamos concentrando (atendimento) no Delphina e outras instituições”, informou.