Por Jullie Pereira, da Redação
MANAUS- Um hospital de campanha será instalado próximo ao Hospital Delphina Aziz, na zona norte de Manaus, para identificar possíveis casos de coronavírus (Covid-19). A estrutura terá auxílio das Forças Armadas. O secretário de saúde do Amazonas, Rodrigo Tobias, disse que o hospital vai funcionar para triagem e oferecer serviços laboratoriais e de análise médica para identificação do vírus. O hospital terá 200 leitos clínicos, disse Tobias, nas redes sociais na tarde desta terça-feira, 31.
“O planejamento é de uma estrutura de hospital de campanha. Essa estrutura tem como função fazer a triagem dos pacientes. Nessa estrutura estamos planejando um total de 200 leitos clínicos”, afirmou.
O paciente com suspeita de coronavírus vai receber o atendimento e aguardar para o resultado do exame nessas instalações. Depois, se o caso for confirmado, será encaminhado para o Delphina Aziz. Se o teste der negativo, será enviado a outras unidades de saúde.
“Os pacientes que precisarem de atenção serão tratados, mas a ideia é não ficar ali. Se precisarem de diagnóstico entre síndrome (respiratória e Covid, terão a atenção devida e no momento que tiver o resultado laboratorial confirmado, a gente remaneja para o Delphina e os outros para a rede de saúde”, disse.
Tobias informou que, assim como em outras capitais, o hospital será construído em parceria com as Forças Armadas. “Estrutura de campanhas são estruturas que o exército utiliza em momento de guerra. Semelhante a alguns estados, também estamos fazendo parceria com as Forças Armadas. Hoje teremos uma reunião para tratar desse assunto específico”, disse.
Um hospital de campanha é uma estrutura hospitalar móvel com todos os equipamentos e instalações de uma unidade de saúde física. Hospitais de campanha estão sendo construídos em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Fortaleza. A criação deles é uma orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Leitos não chegaram
O MS (Ministério da Saúde) prometeu o envio de dez leitos de UTI para o Amazonas, que deveriam chegar nesta terça, mas não foram recebidos. Segundo Rodrigo Tobias, a situação acontece em todo o país. O motivo é o fechamento de um terminal no aeroporto de Congonhas, que está impedindo o envio dos leitos aos estados. “Todos os 26 secretários estaduais de saúde estão à espera porque o quantitativo de leitos não chegou em nenhum lugar ainda. Eles estão concentrados no aeroporto de Guarulhos, o terminal 1 está fechado e outra parte está em Pelotas (RS). Então, estamos emperrando em uma situação logística”, disse.
São camas, respiradores e monitores multiparamétricos que devem ser instalados no Hospital Delphina Aziz. Tobias informou que está em contato com o MS para que a entrega seja feita em breve.