Da Redação
MANAUS – Mesmo com revistas frequentes desde o dia 6 deste mês, o ‘estoque’ de celulares e armas improvisadas ainda não se esgotou no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim). Nesse domingo, em nova inspeção, foram encontrados 26 celulares, 15 baterias, 19 munições de calibre 80 e uma munição de calibre ponto 40, oito marteletes artesanais, um serrote, três alicates, três tesouras, oito facas, um estilete, uma chave de fenda, seis estoques, dois chips, um cartão de memória, quatro pen drives e dois pulseiras de saída de visitantes.
O secretário de Estado de Administração Penitenciária, tenente coronel da PM Cleitman Coelho, disse que esse material já estava no presídio. “Precisamos promover ações como essa para reestabelecer a ordem e disciplina dentro das unidades prisionais. Os objetos que retiramos não são permitidos e nas mãos dos internos se tornam ferramentas para desestabilizar o sistema”.
As inspeções começaram seis dias após o massacre de 56 presos na unidade. A primeira revista foi no dia 5 de janeiro na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP). O regime fechado do Compaj passou pelo procedimento dia 6 e, em seguida, o Instituto Penal Antônio Trindade foi revistado no dia 7. No dia 10 de janeiro o Exército Brasileiro apoiou a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária). No dia 12 de janeiro foi a vez do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) e as unidades do Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF) e Penitenciária Feminina de Manaus (PFM) passaram pela revista no dia 18 de janeiro.