MANAUS – Em reunião extraordinária realizada na manhã desta sexta-feira, 26, o Conselho Superior do Ministério Público, negou a autorização para o afastamento do Procurador Geral de Justiça, Francisco Cruz, para exercer o cargo de Secretário Executivo Adjunto de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas.
Os conselheiros entenderam que o pedido de afastamento de qualquer membro do MP-AM só pode ser deliberado se o interessado não detiver mandato eletivo. O mandato eletivo se extingue pelo cumprimento, renúncia ou morte. Como não ocorreu nenhuma das hipóteses, o pedido do governador José Melo foi considerado prejudicado, o que significa, não acolhido.
A reunião foi presidida pelo Procurador Geral em exercício, José Hamilton Saraiva dos Santos, com a participação dos Procuradores Pedro Bezerra Filho, José Roque Nunes Marques, Jussara Maria Pordeus e Silva, Públio Caio Bessa Cyrino e Antonina Maria de Castro do Couto Vale.
Com a decisão, o procurador tem a opção de renunciar para assumir o cargo, ou o governador José Melo pode esperar o término do mandato de Francisco Cruz, no dia 14 de outubro.
Ao ATUAL, Francisco Cruz afirmou que o caso está encerrado e que ele fica no cargo até o fim do mandato. Sobre a possibilidade de o governador aguardar a saída natural dele para a assumir a Secretaria de Inteligência, ele disse que não conversou com José Melo. “Eu estou fazendo um tratamento de saúde e não estou em Manaus. Não falei com o governador sobre isso”, disse o procurador.