Da Redação
MANAUS – O casal Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, donos da rede de supermercados Vitória, conseguiram uma liminar na noite de sexta-feira (18) no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para deixar a cadeia. Ambos estão presos desde o dia 9 deste mês sub suspeita de serem os mandatos do homicídio do sargento do Exército brasileiro Lucas Ramon Silva Guimarães, de 29 anos.
O crime ocorreu no dia 1° de setembro de 2021, no bairro Praça 14 de Janeiro, zona sul, na Cafeteria Mizes Café, de propriedade do sargento.
No dia 21 de setembro, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do casal e a justiça acatou o pedido. Em audiência de custória e depois em recurso apresentado ao Tribunal de Justiça do Amazonas, o casal foi mantido na prisão.
Marido e mulher ficaram presos por 51 dias. No dia 10 de novembro do ano passado, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ, mandou soltá-los. A decisão foi proferida em um habeas corpus movido por Joabson, mas o benefício foi estendido a Jordana.
Na noite desta sexta-feira, de acordo com o advogado Raphael Grosso, que defende o casal, o STJ “concedeu liminar em sede Reclamação Constitucional mandando revogar a prisão” porque ela violou decisao anterior do Superior Tribunal de Justiça.
“Em síntese, houve descumprimento da decisão anteriormente prolatada pelo STJ. A nova decretação da prisão violou a decisão que havia sido dada anteriormente pelo STJ em sede de Habeas Corpus”, afirmou Grosso.
O advogado afirmou que a defesa de Joabson e Jordana está tentando operacionalizar a soltura do casal junto ao TJAM na manhã deste sábado.
No dia 9, quando o casal foi preso pela segunda vez, o delegado Ricardo Cunha, da Delegacia de Homicídios e Sequestros, disse em entrevista coletiva que o empresário e a mulher foram os mandantes do homicídio do sargento Lucas Guimarães.
“O Joabson e a Jordana são os mandantes desse crime”, disse o delegado. Ele explicou que Romário Vinente Bentes, gerente do supermercado e o braço direito de Joabson, foi o responsável por contratar Silas Ferreira da Silva, o homem que efetuou os disparos no sargento do Exército, dentro de uma sorveteria de propriedade da vítima.
Outras três mulheres também tiveram participações secundárias, intermediando conversas entre Silas e Romário. Todos eram vizinhos do Romário, morador de um bairro da zona norte de Manaus, segundo o delegado.
A defesa do casal Joabson e Jordana sustenta que a investigação da Polícia Civil não conseguiu provar que seus clientes tiveram participação no homicídio ou que foram mandantes do crime.