Da Redação
MANAUS – Pelo segundo dia consecutivo, o caminhoneiro Josué Rodrigues se mantém acorrentado a uma placa de sinalização em frente à ALE (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas), na zona centro-sul de Manaus, e em greve de fome. Ele protesta contra o preço do diesel e defende a proposta do presidente Jair Bolsonaro para os governadores zerarem a cobrança de ICMS sobre os combustíveis.
O manifestante disse que está aberto ao diálogo, “mas se não vier o diálogo, vamos partir para outros meios”. Segundo ele, pode haver nova mobilização para parar a cidade.
Josué enfrentou chuva na madrugada desta quinta-feira, 13. Também tem o apoio de outros caminhoneiros e motoristas de aplicativos que prestam solidariedade e fornecem água e suco ao manifestante. Eles improvisaram um abrigo com lona, mas Josué não alcança a barraca e disse que usou uma capa para se proteger da chuva.
“A gente está aqui, somos trabalhador e estamos condenados, se fossemos os vagabundos já tinha aparecido os direitos humanos”, reclamou. “Estamos meio grogue de sono, porque não tem como dormir”, revelou.
O caminhoneiro reclamou dos políticos. “Acho um desrespeito muito grande por parte dos governantes. Quando eles vão pedir votos, andam em tudo quanto é bairro, parece cachorro pirento nas ruas. Quando se elege, some todo mundo. Ninguém dá resposta. Mas não vamos parar por aqui não”, disse.
Josué disse que a líder do governo na ALE, deputada Joana Darc, tentou conversar com ele na tarde dessa quarta-feira. “Veio a líder do governo, mas não resolveu nada. Veio passar um não na nossa boca”, disse.
O protesto vai durar até o meio-dia desta sexta-feira, 14, conforme promessa do manifestante.
(Colaborou Jullie Pereira)