MANAUS – O Movimento Pró-CBA, que integra pesquisadores e bolsistas do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), realizou, na manhã desta sexta-feira uma manifestação em frente à sede da instituição. Eles reivindicam pagamentos atrasados das bolsas, falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e definição jurídica para o Centro, além da criação de Conselho Gestor Científico e Administrativo, para que a produção científica possa ajudar no desenvolvimento no Amazonas.
Depois do protesto, a a coordenação do movimento foi à Assembleia Legislativa e foi recebida pelo deputado José Ricardo, que vem acompanhando os bolsistas na luta por melhores condições de trabalho. Na ocasião, o deputado fez contato com o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e o diretor de Tecnologia e Inovação, Rafael de Sá, informou de que o pagamento das bolsas será efetivado nos próximos dias, pela Fundação Djalma Batista.
José Ricardo enviou uma equipe a Brasília, na semana passada, para sondar o processo que vai definir que ministério ficará responsável pela gestão do CBA. Atualmente sob a coordenação da Suframa, o Centro de Biotecnologia não tem personalidade jurídica e é objeto de disputa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Ministério de Ciência e Tecnologia e do Ministério de Meio Ambiente.
“Precisamos saber a quem interessa o CBA: aos empresários, à universidade, aos governos Estadual e Federal? Porque acredito que essa instituição deve ser uma luta de todos, já que é uma grande alternativa de desenvolvimento do Estado, diante da sua grande biodiversidade. Não podemos ficar eternamente dependentes da Zona Franca de Manaus. Por isso, o Centro de Biotecnologia não pode ficar apenas num sonho não realizado. Temos que lutar por ele”, afirmou o parlamentar.