“Deselegante e constrangedora” foram dois adjetivos usados por parlamentares para a atuação do senador Omar Aziz (PSD) na reunião com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, na quinta-feira, 26, para discutir a ajuda do governo federal ao municípios amazonenses atingidos pela cheia dos rios. Omar surpreendeu a todos e literalmente “botou pra cima” do ministro, sem ter combinado ou consultado os colegas sobre o assunto. Agiu como coordenador da bancada, sem ter sido indicado ou escolhido por seus pares. Depois da fala dele, não houve clima para outros falarem. Uma fonte que participou da reunião informou à coluna que Vanessa Grazziotin (PCdoB) e Sandra Braga (PMDB) queriam falar, mas não sentiram à vontade depois do atropelo ao ministro. “Ele não deixou as senadoras nem ninguém falar”, disse a fonte, que classificou a reunião como “imprevisível e constrangedora”. A intempestividade de Omar ocorreu porque o ministro exigiu que a representação do governo do Estado em Brasília apresentasse a documentação que comprova a situação de emergência nos municípios, um procedimento de praxe para o reconhecimento da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
Ficou a promessa
Parlamentares da bancada ouvidos pela coluna disseram acreditar muito pouco nos efeitos positivos da atuação do senador na reunião. No fim, ficou apenas a promessa do ministro de que virá ao Amazonas, mas não marcou data, e que enviará a ajuda aos ribeirinhos. Mas a liberação está condicionada ao envio da documentação exigida pelo ministro antes da fala de Omar. O governo do Estado diz que já encaminhou o plano de ação a Brasília.
Visita ao Acre
Nesta sexta-feira, 27, o ministro Gilberto Occhi visitou o Estado do Acre, que também sofre com a cheia dos rios, prometeu enviar já na segunda-feira,2, 17 mil kits de atendimento emergencial (com cesta básica incluso). Na quinta-feira, 26, a Sedec reconheceu situação de emergência em cinco municípios acreanos, o que ainda não foi feito com os municípios amazonense.
Falta vira piada
Campeão de faltas quando deputado estadual, Arthur Virgílio Bisneto (PSDB) foi o único dos 11 parlamentares da bancada do Amazonas ausente na reunião com o ministro Gilberto Occhi. Antes do encontro, o senador Omar Aziz comunicou aos colegas que recebera telefonema de um assessor de Bisneto informando que ele não compareceria porque estava “indisposto”. A gargalhada foi inevitável.
Primeiro embate
O primeiro embate de 2015 entre o governador José Melo (Pros), e o ministro Eduardo Braga (PMDB) deverá ocorrer em março com a análise no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) de uma das duas ações de investigação judicial eleitoral (AIJE) ajuizada pela coligação “Renovação e experiência”. Nela, Braga usa provas coletadas pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) e Polícia Federal (PF) que apontam que Melo contratou empresas fantasmas, pagas com dinheiro público, e que recursos foram desviados para a campanha eleitoral de 2014.
Perdeu a primeira
Essa não é a primeira vez que Eduardo Braga tenta para provar irregularidades na campanha de José Melo. No julgamento da primeira ação, a Justiça Eleitoral negou a cassação do governador em uma ação de impugnação de candidatura, no ano passado. Melo foi acusado de não ter declarado despesas R$ 1,5 milhão na primeira prestação de contas das eleições 2014, mas para o TRE-AM a omissão foi sanada na segunda prestação de contas.
Gestão reprovada
O primeiro ano da gestão tucana no Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufam foi, segundo estudantes da universidade, desastrosa. Os acadêmicos informaram à coluna que a prestação de contas e balanço administrativo foram reprovados pelos Centros Acadêmicos, na última quinta-feira (26), por falta de comprovação de despesas. No ano passado, o estudante André Moraes foi eleito, com o apoio do PSDB, para assumir o DCE.
Ufam sem dinheiro
Se no DCE da Ufam falta comprovação de gastos, na administração da Universidade Federal do Amazonas deverá faltar dinheiro para as despesas em 2015. É que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou um corte de 30% na verba destinada às universidades brasileiras e com essa ‘tesoura’ a Ufam perderá, aproximadamente, R$ 150 milhões dos R$ 503 milhões previstos para este ano.
Pesquisa na berlinda
Com o corte, os setores mais afetados da Ufam serão as bolsas de mestrado e doutorado e os recursos para a pesquisa, ciência e inovação.
PSB x Elias
Neste sábado, os membros da Executiva Estadual do PSB analisam o processo de expulsão do vereador Elias Emanuel do partido. O vereador tomou ralho por não ter votado no candidato da legenda à presidência da Casa, Marcelo Serafim (PSB), no ano passado. Elias ignorou o pedido do seu partido e seguiu a ordem do prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) para votar em Wilker Barreto (PHS). Em troca do voto, o vereador se tornou o líder do prefeito na CMM. Filiados da legenda dizem que o processo não dará em nada.