Da Folhapress
SÃO PAULO – Claude Monet virou o novo alvo dos ativistas que têm atacado obras de arte em museus mundo afora como protesto. Um grupo alemão atirou purê de batata em um de seus quadros, exposto num museu de Potsdam, cidade localizada nos arredores de Berlim, neste domingo (23).
O ataque, que ocorreu no Museum Barberini, foi a uma obra que faz parte da série “Les Meules”, ou palheiros, que retrata pilhas de trigo colhido. Os integrantes do grupo responsável pelo ato, que se intitulam Last Generation, ou última geração, ainda colou as mãos na parede em que o quadro está fixado.
“As pessoas estão morrendo de fome, estão congelando, estão morrendo”, afirmou um dos ativistas durante o protesto, que foi filmado e publicado nas redes sociais do grupo.
Um porta-voz do museu disse à imprensa estrangeira que o quadro, protegido por uma película de vidro, não foi danificado. Ele faz parte do acervo da instituição desde 2019, quando foi adquirido por US$ 110,7 milhões, hoje equivalentes a R$ 580 milhões, num leilão da Sotheby’s.
O porta-voz afirmou ainda que a polícia não demorou a chegar ao local e que as mãos dos ativistas foram descoladas da parede rapidamente. O museu abriu uma investigação junto à polícia alemã por invasão e danos à propriedade.
Os ataques a obras de arte estão cada vez mais comuns. Há dez dias, duas ativistas jogaram um pacote de sopa de tomate em “Girassóis”, um dos principais quadros de Vincent Van Gogh. O ataque ocorreu no Museu da Galeria Nacional, localizado em Londres, na Inglaterra.