Por Jullie Pereira, da Redação
MANAUS – Unidade Móvel de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres oferecerá atendimentos psicológico, social e jurídico a vítimas de violência doméstica em Manaus. O micro ônibus foi entregue na manhã desta segunda-feira, 19, pelo prefeito Arthur Virgílio Neto.
Cleny Suely Rodrigues, subsecretária municipal da Mulher disse que o objetivo é facilitar o acesso a serviços para mulheres que não podem ir à unidade física. “Nós vamos descentralizar os nossos serviços da subsecretaria e levar até os bairros, comunidades e a zona rural. Antes elas tinham que vir até nós, agora a partir da unidade móvel, nós vamos até elas”.
As vítimas atendidas terão um cadastro para que sejam acompanhadas posteriormente. “Nós temos serviços de psicólogos, assistentes sociais e jurídico, além do administrativo que vai estar cadastrando essa mulher dentro da nossa subsecretaria para a gente fazer o controle e acompanhar o processo dela junto à Justiça”, afirma Cleny Rodrigues.
A subsecretária afirma que a unidade não receberá denúncias, mas encaminhará as vítimas à Delegacia da Mulher para que então possam receber os serviços da unidade móvel. “Nós não temos poder de polícia, nós temos poder social. Nosso trabalho é social, porém nós somos parceiros de acompanhar aquele processo que ela já deu entrada na Delegacia da Mulher porque ela tem que denunciar para gerar um BO, para depois gerar a medida protetiva para ela”, disse. “Então, nós orientamos também nessa parte e elas já são encaminhadas. Lá essas fazem todo o processo, voltam para nós e acompanhamos fazendo esse serviço”.
A previsão é que o serviço comece em novembro, mas ainda não há data definida, segundo Cleny Rodrigues. O atendimento ocorrerá em todos os bairros.
Rosinete Cavalcante Sá, 45, atuará como assistente social voluntária no novo serviço. “Vim para cá como assistida e depois como voluntária. Hoje sou formada na área de Serviço Social também por amor à causa das mulheres por momentos que eu passei. E hoje eu me sinto uma pessoa empoderada, conhecendo os meus direitos e intermediando os direitos das outras mulheres”, diz.
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(Colaboraram Iolanda Ventura e Murilo Rodrigues)