O assalto ao Banco Itaú, ocorrido no dia 15 de setembro, foi elucidado e seis dos oito envolvidos identificados pela polícia foram presos. O delegado Orlando Amaral, que investiga o caso, afirmou que o assalto não teve qualquer conotação política. Bem ao calor da disputa, ainda no primeiro turno das eleições gerais, nos bastidores da política, falava-se em facilitação da Polícia Militar par permitir que o bando agisse sem ser incomodado. Com dois ônibus, os bandidos fecharam os dois lados da via, o que facilitou a fuga. O assalto ocorreu quando a PM se dividia entre os que apoiavam a candidatura de José Melo e de Eduardo Braga. Houve uso político do assalto nos programas de TV e o governador José Melo, chegou a acusar o adversário de estar “criando um clima de instabilidade na segurança pública” e “tentando dividir a Polícia Militar”.
A Polícia Civil, no entanto, descobriu que o bando arquitetou o assalto com antecedência e que passou mais de um mês observando a movimentação na agência bancária, no bairro compensa. Pode ser que o clima de instabilidade na Polícia Militar tenha contribuído para a fuga dos assaltantes, mas não foi responsável pela ação dos bandidos.
A prisão do bando e a elucidação do caso apenas reforça a tese de que o crime organizado está cada vez mais eficiente e exige que o aparato estatal de segurança pública invista mais na inteligência do que na força.