MANAUS – Licenciado da função de prefeito de Manaus há 25 dias, Arthur Virgílio Neto (PSDB) se prepara para reassumir o comando da cidade após o feriado de Páscoa. Os primeiros compromissos públicos já estão sendo programados pela equipe técnica de Arthur. Nesta terça-feira, 4, no Palácio Rio Branco, o ouvidor do município Afonso Lins afirmou que o prefeito deve participar de reunião com moradores do residencial Viver Melhor, na zona norte de Manaus, no dia 18 de abril. Desde a licença, o vice-prefeito Marcos Rotta (PMDB) administrava a cidade.
Afonso Lins disse que a reunião com os moradores será para organizar intervenções administrativas e estruturais da prefeitura no condomínio em função de reclamações e demandas geradas a partir de contatos da Ouvidoria com a população do local. Um dos principais problemas, segundo Afonso Lins, são tratativas necessárias para tornar mais justas as cobranças da tarifa de água. “Vamos fazer um mutirão para resolver o problema. Vamos ficar duas semanas lá”
Críticas
O Viver Melhor foi palco de uma briga diante de um público de cerca de três mil pessoas que teve como pano de fundo descobrir quem tinha maior responsabilidade sobre os problemas no local: Arthur ou o governador José Melo (Pros). Melo foi questionado pelo vereador Álvaro Campelo (PP) e Arthur Neto pelo deputado estadual Dermilson Chagas (PEN), em clima de bate boca. Deputado e vereador se desafiaram sobre quem seria capaz de levar o líder político ao residencial para resolver os problemas dos moradores. Afonso Lins estava no evento no dia da confusão.
Quem vai?
Questionado pela coluna se o deputado envolvido na briga de duas semanas atrás seria convidado para o evento, Afonso Lins fechou o semblante e respondeu: “A ação é da prefeitura. É aberto para todo mundo. Quem quiser ir, vai”.
Conforme o previsto
A data de retorno do prefeito às atividades da prefeitura bate com o período de licença, anunciado em fevereiro deste ano quando viajou para São Paulo para iniciar o tratamento de próstata, que era de 60 dias. É também o mesmo tempo indicado pelo tucano aos aliados como prazo de retorno ao trabalho, ao deixar o hospital na semana passada: dua semanas.