MANAUS – Na conversa com o governador Wilson Lima (PSC), na sexta-feira, 11, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), lembrou que o Estado deve ao município cerca de R$ 700 milhões (o valor deve ser corrigido e pode passar de R$ 800 milhões) de um imbróglio criado em 2005 pelo então governador Eduardo Braga (MDB), hoje senador pelo Amazonas.
Em 2005, quando Serafim Correa (PSB) era prefeito de Manaus, Braga reduziu o percentual de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do município para elevar o repasse do imposto ao município de Coari. Serafim recorreu à Justiça, mas uma decisão favorável só ocorreu em dezembro de 2008, no fim do mandato do então prefeito, e quanto o município de Manaus já havia perdido R$ 220 milhões.
O governo deveria devolver a Manaus o dinheiro repassado indevidamente a Coari. Eduardo Braga não o fez. Omar Aziz (PSD), que o substituiu no governo, também não devolveu.
Em 2011, Amazonino, como prefeito de Manaus, entrou na Justiça para que o Estado devolvesse o dinheiro, corrigido. Em 2017, nos cálculos de Serafim Corrêa, daria algo entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões.
Da tribuna da Assembleia, o deputado Serafim Corrêa cobrou o governador Amazonino Mendes, em novembro do ano passado, um mês depois de ele assumir o governo depois de vencer a eleição suplementar. Amazonino não deu ouvidos ao ex-prefeito.
Na reunião com Wilson Lima, Arthur cobrou o pagamento, o governador demonstrou interesse em colaborar, mas a conversa não avançou. Será necessário aguardar os próximos capítulos dessa novela