Por Katna Baran, da Folhapress
CURITIBA-PR – O juiz Luiz Antonio Bonat determinou nessa quinta-feira, 5, a soltura do ex-diretor jurídico da Braskem, empresa do grupo Odebrecht, Mauricio Ferro, cunhado de Marcelo Odebrecht. O magistrado atendeu decisão de quarta-feira, 4, do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O ministro retirou da 13ª Vara Federal de Curitiba a competência para atuar em atos envolvendo a 63ª fase da Operação Lava Jato e transferiu o caso para Brasília. Ele entendeu que a investigação não está diretamente relacionada aos desvios na Petrobras. Assim, o advogado Nilton Serson, alvo da mesma etapa da investigação, também será solto. Ambos estavam presos em Curitiba desde o dia 21 de agosto.
Outras medidas impostas contra eles, como restrição de bens e valores e retenção de passaportes, também foram revogadas.
Na decisão, Bonat destacou que a reclamação julgada por Mendes é procedente somente em relação ao caso envolvendo o ex-ministro Guido Mantega, mas apontou que a decisão “declarou a nulidade dos atos decisórios” com a suspensão das medidas impostas em Curitiba, caso da prisão de Ferro e dos demais atingidos na mesma fase da Lava Jato.
Na semana passada, o ministro do STF já havia suspendido a decisão do juiz Bonat para que Guido Mantega se apresentasse à Justiça para a colocação de uma tornozeleira. Já Antonio Palocci fechou acordo de delação premiada com a Polícia Federal.