Da Redação
MANAUS – ‘Vergonha para o Brasil’, reagiu o general Carlos Alberto dos Santos Cruz a reunião do presidente Jair Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, nesta segunda-feira (18), para ameaçar o sistema eleitoral e ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
“É um absurdo o presidente da República reunir os embaixadores para falar mal do próprio país. Vexame internacional jamais visto. É o presidente da República denegrindo o próprio país. O Brasil não merece nem pode aceitar tal insanidade”, disse Santos Crruz no Twitter.
“Irresponsáveis e covardes continuam estimulando violência de origem política. Não é surpresa. Resultado natural do fanatismo. Eleições – pode haver mais incidentes. Está sendo alertado faz muito tempo. Justiça, Ministério Público e a polícia precisam atuar desde já”, defendeu o general.
Delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva também rebateu o presidente. “Já escrevi isso antes, mas me vejo na obrigação de repetir: ‘A PF é a Polícia Judiciária Eleitoral, trabalhei ativamente em todas as eleições, desde 2003, em 19 anos na PF nunca tive notícia de fraude na urna”, afirmou, também no Twitter.
O deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM) disse que o silêncio do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre o ato do presidente Jair Bolsonaro é “cúmplice”.
“Silêncio mais ensurdecedor que o dos embaixadores após a patética apresentação de Bolsonaro, só o do Presidente da Câmara, Arthur Lira, diante dos ataques ao sistema eleitoral e a Democracia. Ao posto de Presidente da Câmara não é dado o direito de escolher o silêncio cúmplice”, disse o deputado em manifestação no Twitter.
Para outro deputado do Amazonas, Serafim Corrêa (PSB), ato do presidente foi “inacreditável e absurdo”. “Inacreditável e absurdo que o presidente do Brasil chame os embaixadores para falar mal das instituições brasileiras como TSE e STF, além de repetir a cantilena contra as urnas eletrônicas, que desde o século passado (1996) são exemplos para o mundo”, disse.
O juiz Gervásio Santos Júnior, do Maranhão, também em manifestação na rede social, afirmou que em termos de segurança a urna eletrônica é incontestável. “Sou magistrado há mais de 30 anos. Presidi eleições com cédulas de papel e com a urna eletrônica. E asseguro que não há comparação em termos de segurança. Assim, a meu ver, só há dois tipos de pessoas que atacam à urnas eletrônicas: os incautos e os que agem de má-fé”, disse.
Só as urnas eletrônicas poderão conter o VALDEMORT.